Amaury Lorenzo revela que já tomou tiro e passou fome
Por Raphael Araujo - 10/10/24 às 15:15
Amaury Lorenzo, que interpreta Chico na novela “Volta por Cima”, da TV Globo, participou de uma entrevista no programa Conversa com Bial, onde compartilhou suas experiências pessoais de superação e as dificuldades enfrentadas para se consolidar como ator. O ator, que na novela é namorado de Madá (Jéssica Ellen) e filho de Seu Moreira (Tonico Pereira), relembrou momentos marcantes de sua jornada, como o período em que passou fome enquanto perseguia a formação em Artes Cênicas.
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Durante a conversa com Pedro Bial, Lorenzo descreveu os desafios vividos no início de sua carreira. Ele falou sobre os questionamentos constantes que fazia a si mesmo: “Em vários momentos você pensa: ‘Será que vai dar? Será que está valendo eu não ter um calçado para ir para a faculdade?’”. Lorenzo mencionou suas longas caminhadas do centro do Rio até a Urca, carregando seus materiais de estudo, devido à falta de dinheiro para o transporte.
Passando fome
Ele destacou uma lembrança impactante: “Eu lembrei de um dia em que eu estava com muita fome, não tinha comida em casa. Eu levantei e falei: ‘Não tem um café para tomar. Eu tenho uma matrícula na Universidade Federal’”. Mesmo premiado no teatro, Lorenzo ainda enfrentava dificuldades financeiras. Ele mencionou a importância de sua devoção a Nossa Senhora de Fátima para seguir em frente, mesmo diante das incertezas.
“Já era um ator premiado no teatro, mas, o meu aluguel ia vencer. ‘Vale a pena eu terminar esse curso de Artes Cênicas?’. Eu sou muito devoto de Nossa Senhora de Fátima e ela estava bem na minha frente”, relatou. Em um momento decisivo, o ator encontrou um amigo que o indicou para um espetáculo de sucesso, mudando o rumo de sua carreira.
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Amaury Lorenzo tomou tiro na infância
Além dos desafios profissionais, Amaury Lorenzo compartilhou um momento traumático da infância, quando aos 11 anos, ele sofreu tomou tiros após uma aula de balé clássico: “Eu já tomei um tiro de escopeta nas costas. Tinha 11 anos, estava chegando da minha aula de balé clássico com minha sapatilha preta na mão. Era um amigo da escola, do futebol, que não aceitava , não entendia”.
“Acho que ele estava com problema com ele mesmo. Ele disse: Amaury, que história é essa de balé clássico?! E eu respondi: me deixa! E fui andando. Ele tirou uma escopeta no meio da rua e me deu um tiro de matar passarinho. Me abriu um buraco nas costas”, disse o ator.
Lorenzo afirmou que, apesar do preconceito, sempre esteve seguro de suas escolhas. “Eu gosto das marcas da vida, que nos lembram o quanto somos fortes e poderosos”, afirmou. Aliás, ele reforçou: “Não gosto de repetir isso, mas no lugar do preconceito é dito que o balé clássico é para meninas e não para meninos”.
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Lorenzo também relembrou a dificuldade de sua família em lidar com o preconceito por ele praticar balé. “Eles aguentaram muito. Não por mim, mas por causa do arredor de uma cidade extremamente preconceituosa como todo o interior deste Brasil”, explicou o ator, destacando a força de sua mãe, Maria de Fátima.
Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.