Estreia de César Tralli no JN tem mudança no ‘boa-noite’
Por Flavia Cirino - 04/11/2025 - 00:28

César Tralli estreou oficialmente como âncora titular do Jornal Nacional na noite de segunda-feira, 3 de novembro, marcando uma nova fase na história do principal telejornal brasileiro. Ao lado de Renata Vasconcellos, o jornalista substituiu William Bonner após quase três décadas de comando.
Com uma postura discreta e institucional, César Tralli conduziu a edição com firmeza, mas um detalhe chamou atenção dos telespectadores e dominou as redes sociais: a ausência do tradicional “boa-noite” ao fim da transmissão.
César Tralli passa o bastão no JH
No encerramento, o telejornal exibiu uma homenagem ao cantor e compositor Lô Borges, morto aos 73 anos. A reportagem sobre o ícone da MPB foi seguida de um encerramento mais sóbrio, sem a vinheta habitual. Renata desejou uma boa noite breve, e os créditos surgiram na tela sem que Tralli repetisse a saudação clássica.
Nas redes, o público logo notou a diferença e questionou o motivo. “Senti falta do ‘boa-noite’ do César Tralli no final do Jornal Nacional. O que rolou?”, comentou um internauta.
Clima sóbrio e edição tranquila marcaram a estreia
O primeiro “Jornal Nacional” sob o comando de César Tralli ficou marcado por um tom mais calmo, sem grandes acontecimentos urgentes. A edição apresentou um noticiário considerado “frio”, acima de tudo focado em reportagens especiais e temas ambientais.
César Tralli fez ‘esquenta’ na bancada do JN com a filha
A maior parte do tempo ficou dedicada à cobertura da COP30, que aliás acontecerá a partir do dia 10, e à série de reportagens do correspondente Felipe Santana sobre o impacto ambiental das políticas de Donald Trump.
O novo âncora manteve o ritmo constante e o tom institucional, priorizando assim transições suaves entre as matérias. Reportagens sobre as enchentes no Paraná e a visita do príncipe William ao Rio de Janeiro também tiveram destaque, reforçando o foco ambiental da noite.
Nova fase do telejornal e a herança de Bonner
Além do bloco climático, o programa ainda abordou brevemente temas políticos e econômicos. Foram noticiadas a convocação da Seleção Brasileira, o encontro do governador Cláudio Castro com o ministro Alexandre de Moraes e a atualização sobre Mauro Cid, que iniciou o cumprimento de pena em regime aberto.
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A estreia também coincidiu com o desejo público de William Bonner de se afastar da rotina das hard news. O ex-âncora havia dito que buscava mais tempo para matérias temáticas e reportagens frias, o que justificou sua ida para o “Globo Repórter”.
Curiosamente, a estreia de César Tralli refletiu exatamente esse perfil mais analítico e menos urgente que Bonner desejava. O tom sóbrio, o ritmo contido e a ausência do tradicional “boa-noite” transformaram a noite em um retrato simbólico dessa nova fase — mais institucional, mais calma e, ao que tudo indica, mais voltada à reflexão do que à correria diária do noticiário.
É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino

























