Glenda e Zeca estreiam Melhor da Noite, homenageiam Faustão e iniciam campanha de doação de órgãos

Por - 22/08/23 às 11:39

Fotomontagem Faustão, Glenda Kozlowski e Zeca Camargo no palco da BandFotomontagem: Divulgação/TV Band

Na segunda-feira, 21 de agosto, estreou na Band “Melhor da Noite”, atração que substitui “Faustão na Band”, que teve seu último programa exibido na sexta-feira, 18 de agosto.

A atração é comandada por Glenda Kozlowski e Zeca Camargo, que chegaram já homenageando Fausto Silva, que está internado no Hospital Israelita Albert Einstein, à espera de um transplante de coração, após diagnóstico de insuficiência cardíaca.

“A gente tem uma honra de ocupar esse horário que era dele. É uma honra uma passada de bastão como essa. Mesmo em outra situação a gente lembraria com carinho de você. Mas hoje é especial, é com torcida. A gente vai honrar essa torcida”, falou Zeca Camargo, seguido por Glenda que expressou seu carinho ao apresentador:

“Eu acordei de madrugada e vi o vídeo. Na hora eu fiquei com o coração apertado. O Fausto é o paizão desse Brasil, todo mundo cresceu assistindo ele e acho que todos nós, de uma certa forma, temos um pouco do Fausto dentro da gente. Ao longo dos anos aprendemos a ter um olhar mais otimista com o Faustão, mais divertido. O amor com o maior coração do Brasil precisa de um novo coração. Fausto, tenha a certeza de que o Brasil inteiro está rezando pela sua saúde, pela sua recuperação. A gente não teria como abrir um programa como esse de outra forma.”

Campanha de doação de órgãos

Na estreia, após as palavras diretas ao querido Faustão, a Band, através de Glenda Kozlowski e Zeca Camargo, deu o pontapé inícial à campanha “Doe Órgãos, Doe vida”.

A Misnistra da Saúde, Nísia Trindade, foi entrevistada pelos apresentadores, revelando ser de extrema importância que as pessoas saibam e se informem mais sobre doação de órgãos.

“O grande entrave é termos uma campanha de sensibilização, pois, mesmo que haja um documento da pessoa que deseja doar, é à família que cabe a autorização. Um dado que chama muito a atenção é que a maior fila para doação de órgãos é a dos rins. É um órgão possível de ser doado em vida e é o que acontece com muita frequência. Essa conscientização é muito importante”, disse Nísiaa.

A fila do transplante do SUS

O Brasil é detentor do maior sistema público de transplante de órgãos do mundo, o SUS, e também o segundo país maior transplantador do mundo. Com a gerência do Ministério da Saúde, 90% das cirurgias de transplantes são realizadas por meio do SUS.

São ao todo 617 hospitais, 1.495 equipes autorizados à realização de transplantes em nosso país. OFuxico entrevistou o Dr. José Pedro Esteves Dias, médico cirurgião cardiovascular, especialista pela Sociedade de Cirurgia Cardiovascular, com experiencia em transplante cardíaco, que tirou algumas dúvidas sobre este tipo de cirurgiao:

OFuxico – Dr. José Pedro, como funciona o SUS e por quê a pessoa é cadastrada por lá para receber o órgão?

Dr. José Pedro – O transplante de órgãos do Brasil é regulamentado por uma lista que compete ao Sistema Único de Saúde (SUS) reger essa lista, que intercomunica vários centros de captação e transplante. Então, por exemplo aqui em São Paulo você vai encontrar o Incor, o Instituto de Cardiologia Dante Pazzanese, o Hospital São Paulo como referências para transplante cardíaco. Mas não é que somente ali que é realizado o transplante, você pode realizar transplante cardíaco em outro hospital como é o caso do Faustão, no Albert Einstein. Mas quem rege o andamento dessa lista, independente de cor, de raça, de sexo, de estar bem financeiramente ou não, é o Sistema Único de Saúde através dessa própria secretaria vinculada aqui em São Paulo, à secretaria de saúde, que é um departamento de transplante cardíaco, tendo essa central que regula isso, transplantes de órgãos de modo geral.

OFuxico – Mas tem como passar à frente de quem está na lista?

Dr. José Pedro – Funciona da seguinte forma: se entrou um doador, que tem tem condições de doar os seus órgãos e a família assim o faz, pelo consentimento, é feita a retirada dos órgãos e é levado para o receptor que se encontra na sequência da lista. Ninguém passa na frente de ninguém, a não ser que o crossmet, que é todo esse déficit no caso de painel no caso linfocitário toda este esses exames que avaliam compatibilidade do doador com o receptor não estejam batendo. Caso não estejam batendo, por exemplo, o receptor que está na frente o não bate o tipo ABO RH, tipo sanguíneo, o índice de massa corporal, o perímetro não bate com o do doador, então esse receptor fica escanteado, vai para o segundo da lista. É obedecida a lista. No caso do Faustão, ele entrou para numa lista. Como se trata de transplante de coração, aí tem que ser realmente transplante de alguém que sofreu morte cerebral, assim como se fosse um transplante de córnea, ou de pulmão, que necessita de uma pessoa que veio a óbito pela parte cerebral. Se fosse transplante de rim poderia ser doador alguém vivo, doando um pedaço do fígado, se fosse de medula também. Coração, pulmão, entre outros órgãos, exige que seja doador que teve morte cerebral.

OFuxico – Ou seja, não existe a menor possibilidade de pagar por um órgão?

Dr. José Pedro – Isso não existe. Se tem uma coisa seríssima na legislação brasileira, é a doação de órgãos. É fiscalizado pelo Ministério da Saúde numa lista e pela Secretaria de Saúde.

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