Jeff Machado: Foragido tenta apagar as provas do crime e mãe do ator pede Justiça

Após quatro meses de investigação sobre o desaparecimento e a morte de Jeff Machado, a Polícia Civil do Rio de Janeiro tem Bruno de Souza Rodrigues como o principal suspeito. Atualmente foragido, ele tentou apagar qualquer rastro da existência da vítima após o assassinato.

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O “Fantástico”, exibido na Globo na noite de domingo, 04 de junho, teve acesso a todos os detalhes da investigação do crime que, segundo a polícia, começou a ser planejado mais de um mês antes de acontecer, no final de 2022.

• Em janeiro, Jeff Machado foi declarado desaparecido e a Polícia iniciou as investigações;
• Em 22 de maio, o corpo de Jeff Machado foi encontrado dentro de um baú, em um terreno na Rua Itueira, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro;
• Em 27 de maio, a família realizou missa de corpo presente do ator em Santa Catarina;
• Em 31 de maio, a Polícia Civil do RJ indiciou Bruno Rodrigues e o garoto de programa Jeander Vinícius da Silva Braga por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver

Na ocasião, Bruno, ex-produtor da TV Globo, recebeu R$ 18 mil reais do ator, pela promessa de colocá-lo em uma novela da emissora, realizando um sonho antigo de Jeff, que implorava ao amigo pela chance.

Contudo, a promessa era mentirosa o que fez com que Bruno temesse que a vítima cobrasse o dinheiro de volta. Segundo a polícia, assim começou a ser planejado o crime.

COMO O CRIME FOI PLANEJADO

O aluguel de uma casa em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, foi o primeiro passo para encobrir o assassinato, que aconteceria 42 dias depois.

Bruno em seu “conto de fadas”, afirmara para Jeff que as gravações da suposta novela começariam no dia 26 de janeiro. Três dias antes, em 23 de Janeiro, o ator e o produtor se reuniram com Jeander Vinícius da Silva Braga, outro acusado pelo crime.

A polícia aponta que neste ”cenário”, Jeff Machado foi dopado, estrangulado, colocado em um baú e concretado na casa alugada.

“Foi colocada uma substância para entorpecer o Jeff em um suco. O próprio sente um gosto estranho e pergunta”, explicou a delegada Ellen Souto, da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) do Rio de Janeiro, responsável pelo caso.

Nas semanas seguintes, as investigações da polícia mostram como Jeff tentou vender casa e carro do ator, se livrou dos seus cachorros e tentou fingir a familiares que estava preocupado com o desaparecimento.

A defesa de Bruno disse que o processo é “complexo e cheio de detalhes” e que apenas “o conjunto de provas ao longo do processo vai permitir chegar a uma conclusão”. 

MÃE DE JEFF MACHADO CLAMA POR JUSTIÇA

Em entrevista ao “Fantástico”, Maria das Dores Machado fez um apelo por justiça por conta do assassinato do filho. Ela pediu punição aos culpados pelo crime e disse que também quer saber a verdade por trás da morte do artista “por mais cruel que seja”.

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“Eles têm que ter um castigo, uma punição. Justiça e punição. Quero a verdade, por mais cruel que seja. Chega de mentiras”, disse a mãe do falecido ator.

Segundo a delegada Ellen Souto, Jeff Machado era visto como uma “vítima perfeita” pelos suspeitos: “Ele tinha desejo de ser ator, recém-saído de outra profissão. E esse sonho começa a se tornar realidade no final de 2022 quando Bruno pede a Jeff uma transferência de R$ 18 mil em quatro parcelas para que ele conseguisse a vaga em uma novela”, disse ela ao programa.

ENTENDA O CASO

Jeff Machado, ator da novela “Reis”, da Record TV, estava desaparecido desde meados de janeiro. O sumiço foi percebido após o abandono de oito cachorros, que eram “xodós” do artista catarinense.

A família não só estranhou o abandono dos cães, mas também as mensagens enviadas por telefone, em nome de Jeff, com muitos erros de português. Além disso, o perfil do artista no Whatsapp enviou mensagens aos familiares dizendo que Bruno, o amigo com quem o ator morava, ficaria responsável pela casa e carro dele.

Porém, na segunda-feira, 22 de maio, o corpo do artista foi encontrado sem vida, dentro de um baú de madeira, enterrado e concretado a dois metros de profundidade em um terreno em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

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