Marcelo Tas sobre pastores na TV aberta: ‘pilantragem para arrancar dinheiro de pessoas frágeis’

Por - 30/07/24 às 08:15

Marcelo Tas critica pastores na TV aberta: ‘pilantragem’Reprodução TV

No programa Roda Viva, exibido na segunda-feira, 29 de julho, Marcelo Tas, conhecido por seu trabalho no “Provoca” e no “Jornal da Cultura”, fez críticas contundentes aos pastores que aparecem na TV aberta. Pela primeira vez no centro do programa, Tas expressou sua insatisfação com a presença excessiva desses líderes religiosos nos canais da televisão aberta, afirmando que eles utilizam boletos para tirar dinheiro de pessoas vulneráveis e desesperadas.

“É todo tipo de pilantragem para arrancar dinheiro de pessoas frágeis, pessoas que estão numa situação de desespero. Eles são hábeis em montar situações armadas com pessoas sendo curadas,” disse Tas durante a entrevista.

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O apresentador deixou claro que sua crítica é direcionada aos “pilantras” que se aproveitam da fé das pessoas, mantendo práticas desonestas mesmo em 2024. Tas sublinhou que respeita os pastores, mas não tolera os que enganam o público.

Marcelo Tas aponta desinformação sobre inteligência artificial

Vera Magalhães, a apresentadora do programa, perguntou a Tas sobre suas percepções em relação à regularização da tecnologia, especificamente inteligência artificial (IA). Tas criticou a quantidade de desinformação sobre o tema e destacou a importância de uma discussão mais informada.

“Eu conheço do assunto e tem muita bobagem sendo dita, inclusive por pessoas que eu respeito (…) Yuval Harari tem falado muita besteira sobre inteligência artificial, no meio de algumas coisas muito boas que ele fala, inclusive sobre o mesmo assunto, mas às vezes ele erra redondamente. Ele influencia muita gente,” comentou Tas.

Ele ainda enfatizou a necessidade de regulamentação da tecnologia: “Tem muita excitação sobre inteligência artificial e isso gera muito mais ruído do que discernimento. Quanto a regular, eu sou a favor da regulação, da internet, da inteligência artificial, dos automóveis.”

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Influência do CQC na eleição de Bolsonaro

Em outro momento do programa, Tas abordou a tese de que o CQC, programa que ele apresentou na Band de 2008 a 2014, teria ajudado a eleger Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2018. Tas refutou essa ideia, argumentando que o programa apenas expôs o “baixo clero” da política brasileira e não foi responsável pela ascensão do ex-presidente.

“O embasamento desse raciocínio é muito frágil. O Bolsonaro foi eleito em 2018. Eu saí do CQC em 2014 (…) o CQC mexeu muito com o ego de algumas pessoas poderosas do jornalismo, especialmente da esquerda brasileira. Eu comecei a olhar essas teses, que falam que o CQC foi responsável pelo Bolsonaro, e percebi um padrão. Geralmente são pessoas ligadas ao PT que querem que a explicação para o surgimento do Bolsonaro seja o CQC e não o fracasso do PT no comando desse país,” argumentou Tas.

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Ele também mencionou a revista Veja, destacando que a mídia deveria estar focada em outras influências: “A gente cansou de mostrar que ele [Bolsonaro] mente, é isso que ajudou a eleger o Bolsonaro? Ou foi a capa da Veja, que falou de novo que ele era o cara? Como a Veja já tinha feito com o Collor. A gente tinha que estar falando da Veja e não do CQC.”

Além de Vera Magalhães, participaram da bancada de entrevistadores Naief Haddad, repórter da Folha de S.Paulo; Maria Cândida, jornalista e apresentadora; Cristina Padiglione, autora do blog Telepadi; André Carlos Zorzi, repórter do jornal O Estado de S. Paulo; e Greg Prudenciano, repórter do InvestNews.

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