Marcos Uchôa fala de demissões na Globo e perseguição de Bolsonaro

Por - 27/05/22 às 09:38

Marcos UchôaReprodução/Youtube

A TV Globo vem passando por algumas reformulações e isso já acarretou com a saída de grandes nomes, seja na classe artística, como de jornalistas renomados, como Marcos Uchôa, que fez coberturas de vários esportes, mas também de conflitos mundo afora.

Em entrevista ao podcast Inteligência LTDA, de Rogério Vilela, Marcos Uchôa falou da situação atual da emissora, que vem lutando contra a saída do dinheiro na mídia tradicional e entrada em atrações voltadas para a internet.

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“Acho que a Globo está sofrendo, como muitos meios de comunicação, com a saída do dinheiro das mídias tradicionais e a entrada de dinheiro na internet. É uma realidade que anos atrás não existia. Essa diminuição de dinheiro acarreta em prejuízos e necessidades de adequar os gastos Por exemplo, o teu programa é um adversário, um concorrente que anos atrás não existia”, afirmou o jornalista esportivo.

Uchôa ainda revelou que todas as saídas da TV Globo e essa verdadeira dança das cadeiras é diretamente relacionada à eleição de Jair Bolsonaro à presidência.

“Eu pedi para sair. Eu não tinha mais contrato. Foi uma das coisas que o Bolsonaro fez… antes, pessoas que tinham um salário melhor na Globo ganhavam como pessoa jurídica. No primeiro ano de governo, ele já foi em cima em termos trabalhistas, dizendo que isso não podia ser assim, e todo mundo passou a voltar a ser funcionário. Até o Galvão, até o Faustão”, revelou.

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O jornalista ainda comentou sobre o fato de muitos profissionais mais velhos serem cortados, tanto no jornalismo, como na vida artística, em que aconteceu com Antônio Fagundes, Glória Menezes e tantos outros, que passarão a receber por obra.

“Não concordo com a prática da emissora de diminuir os custos de operação. Gosto de ir aos lugares, fazer as reportagens in loco. Mas foi difícil largar o salário que eu tinha. Era um salário muito bom, confortável. Nesse aspecto, saem as pessoas mais velhas, que estavam há mais tempo lá, com salários melhores, também por causa desses anos todos. Cortando, não renovando contrato e demitindo essas pessoas, é uma economia mais rápida de ser feita. Eu não faria assim, acho um erro. A identidade de um meio de comunicação é muito os profissionais que você está acostumado a ver. Você cria uma identidade que é abalada quando as pessoas saem, e precisa ser reconstruída”, finalizou.

Veja a entrevista completa!

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Formado desde 2010, já passou pelas editorias de esporte e entretenimento em outros veículos do país e atualmente está no OFuxico. Produz matérias, reportagens, coberturas de eventos, apresenta lives e ainda faz vídeos curtos para as redes sociais