‘Não aguento mais pressão’, diz Paola Carosella ao apresentar novo programa

Por - 23/09/2025 - 09:06

Paola Carosella, Fabão e Luana Zucoloto no Foto: GNT/Adalberto de Melo 'Pygmeu'

Paola Carosella está à frente do “Infiltrado na Cozinha”, novo reality show culinário que estreia no GNT na quarta-feira, 24 de setembro, às 21h45. A atração inédita promete misturar gastronomia, investigação e humor em uma competição culinária com muito mistério e uma reviravolta surpreendente.

Isso porque, entre os participantes, sempre haverá um impostor, sem experiência na cozinha, mas treinado para enganar os jurados e o público, e que pode faturar até R$ 20 mil no programa.

Tudo sobre o novo reality de Paola Carosella

Ao longo de oito episódios, três competidores disputam o título da melhor receita da noite, mas um deles é o “cozinheiro infiltrado”, que precisará usar criatividade, jogo de cintura e capacidade de adaptação para se passar por um verdadeiro chef.

O impostor é treinado por cozinheiros reais para executar as receitas do episódio, tentando confundir todos com seu desempenho.

Cada programa tem um tema e conta com duas provas: a primeira, mais simples; e a segunda, um desafio de maior complexidade. Após os preparos, os jurados experimentam os pratos e devem decidir qual o mais bem executado e quem eles acreditam ser o impostor do episódio.

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O autor da melhor receita leva um prêmio de R$ 10 mil e o infiltrado também ganha R$ 10 mil caso consiga enganar a todos. Ou seja, ele pode faturar até R$ 20 mil no episódio se conquistar o paladar dos jurados e não for descoberto.

Os responsáveis por avaliar os pratos e descobrir a identidade do infiltrado são Fabão e Luana Zucoloto, personalidades de destaque na internet e apaixonados por gastronomia, que chegam ao GNT como jurados da atração.

Paola Carosella, Fabão e Luana Zucoloto no
Foto: Kelly Fuzaro / Globo

Novos ares para Paola Carosella

Na coletiva de imprensa, na qual OFuxico esteve presente, Paola Carosella contou o motivo de aceitar estar em “Infiltrado na Cozinha” após tantas passagens por programas culinários. E destacou a diferença deste para os anteriores.

“Quando me apresentaram o projeto, eu me encantei imediatamente, porque eu visualizei que existia a possibilidade de trazer o público pra dentro do programa, que isso era algo que estava me incomodando um pouco”, afirmou .

“Eu via que a TV tinha essa fronteira, a TV vinha esse lugar que é o que está acontecendo lá dentro e o que está acontecendo aqui na sala. Eu acho que o ‘Infiltrado’ traz essa possibilidade da família inteira no sofá, tentando descobrir quem é o infiltrado. Esse foi um dos primeiros grandes atrativos, esse programa tem muitos atrativos”, descreveu a chef, em seguida.

“O segundo, é quando falamos de humor, pra mim o humor que nos ajuda a sobreviver em uma vida que está cada vez mais complexa e pesada. E eu preciso me plugar no humor. E quando, enfim, falaram que eu os jurados não iam ser chefes de cozinha, iam ser pessoas comuns, pessoas normais, pessoas que comem e se alimentam…. e a Luana (risos), eu vi que ali tinha tudo o que eu queria. Eu acho que eu entro nos projetos quando eles me seduzem muito”, garantiu ela.

Fabão falou da experiência de ser um jurado pessoa comum: “Eu acho que o legal da pessoa que está em casa olhar para o jurado, é ver pessoas conversando, porque a opinião da pessoa que está em casa, de olhar para aquilo e falar assim: ‘nossa, em casa eu faria mil vezes melhor com aquele tempero que eu comprei’, e a nossa opinião é muito essa. […] então, é muito esse olhar com humor e respeitando o prato, também, que a gente trabalha”.

Força na conexão do trio

Luana então complementou: “Acho que eu compartilho muito da visão dos dois, e essa questão do humor. […] A gente não tá ali pra fazer piada, a gente tá ali pra ser a gente, e a gente acaba tendo esse viés, né? Mas a conexão que se cria, que eu acho que essa é a parte mais importante de qualquer reality, de qualquer programa, de qualquer coisa, como você cria uma conexão com quem tá assistindo. Então, acho que eu, o Fabão e a Paola, juntos, como a gente se conecta com os seres humanos que comem, que bebem, que não gostam de certas comidas, mesmo elas estando boas ou não, com o que são bons ou não”.

Luana em seguida lembrou momentos marcantes de “Infiltrado na Cozinha”: “Teve comidas que a Paola olhava e falava assim: ‘isso aqui tá perfeito’. Eu falei: ‘mas eu não gostei, querida, então fica pra próxima’. Ah, mas isso daqui, a Paola: ‘esse aqui o ponto não tá correto’. Eu falei: ‘pra quem que não tá correto? Porque pra mim tá maravilhoso. Então, assim, são as visões diferentes de cada um [que contribuem]. Tinha hora que eu olhava e batia: ‘é esse o prato’. O Fabão: ‘eu odiei’. Issi porque a gente tem um paladar completamente diferente”.

” E a gente vem com esse mix dos três aqui, foi loucura. Não sei quem teve essa ideia de juntar a gente, mas deu muito certo. E eu acho que isso vai criar conexão com vocês e com quem está assistindo, com quem está do outro lado. Eu acho que essa é a parte mais importante”, declarou a humorista, em síntese.

‘Infiltrado na Cozinha’ apresenta equilíbrio de gêneros

Paola posteriormente destacou como “Infiltrado na Cozinha” soube equilibrar muitos elementos: “Tem uma coisa que eu lamento, é que o programa não tem quatro horas, porque tudo que a gente gravou é tão rico e tão maravilhoso, que eu acho que foi um milagre conseguir colocar tudo isso em um programa de 30, 40 minutos”.

“O programa tem algo que… Tem uma coisa muito bonita desse programa que conseguiu, e que eu acho que é bastante difícil, que conseguiu um equilíbrio, quase que um milagre, de mistério, muito humor, mas continua mantendo o respeito pelos cozinheiros, pela comida”, afirmou Carosella.

“Eu acho que isso se percebe muito bem com os cozinheiros, tanto que foi muito difícil descobrir quem era o infiltrado de tão bem feita [a comida]. O infiltrado é um ator que foi treinado para fazer esses pratos, então foi muito bem treinado. Eu acho que tem esse respeito pela comida, tem a tensão de o prato vai ficar bom, é muito dinâmico, tem muito conteúdo o programa, e consegue respeitar, ironia, humor, comida, e a profissão da gastronomia ao mesmo tempo”, concluiu a cozinheira, em síntese.

Humor respeitoso

Fabão reforçou esse trunfo: “Completando muito do que a Paula falou, é muito incrível ver que em momento nenhum o humor ele vai pra um lugar jocoso ou de diminuir o trabalho da pessoa que tá ali, independente se ela é um ator ou uma atriz, ou se ela é um cozinheiro ou uma cozinheira de verdade. Em específico, tem um episódio que, não vou dar spoiler, que aquele ali me quebrou muito, que tem canto, a pessoa canta”.

“[…] Às vezes é uma troca de olhar que você já entende que tem uma piada ali ou outra, você já entendeu o comentário na cabeça pra fazer. Então, chega um momento que o programa parece que você que assistiu de casa já tá ali dentro”, prometeu ele.

Poucas chances de adivinhar os infiltrados

Luana logo contou que eles não poderiam saber dos infiltrados antes: “A gente não tem acesso a eles em nenhum momento nos bastidores. Então a gente fica cada um na nossa salinha, bonitinho, até o momento de gravar. Logo, a gente não se vê, ou na maquiagem, nós três [nos vemos], mas com eles não. Então a gente só dá de cara com eles na hora que está gravando. Foi muito bom porque trouxe de fato esse mistério que a gente não tinha ideia de quem era. Então quando a gente pegava a ficha e lia, e entendia ali quem era quem, todas as informações que a gente tinha, a gente realmente tinha que investigar de verdade”.

“Não é uma investigação, ‘ai não, vamos fingir que a gente está investigando aqui para dar um palpite?’. Não, tinha que investigar real, olhar. ‘Putz, esse aqui falou que é isso, então vamos fazer essa pergunta para ver se ela repete a mesma coisa que está na ficha, ou se ele se perde’. Então, às vezes eu ia embora assim incrédula de falar: ‘Caraca cara, não acredito que eu fui enganada. Caraca, não acredito que a gente acertou o cara’, porque a gente realmente entrou nisso para fazer acontecer mesmo. Então acho que de bastidores a gente se divertiu muito. Eu também não sei qual [programa] é, eu não lembro, mas a gente literalmente chorou de rir”.

‘Infiltrado na Cozinha’ é uma caixinha de surpresas

Em dado momento, Luana reforçou como queria ir “desarmada” ao “Infiltrado na Cozinha”: “Somos comuns, então a gente vai ser a pessoa comum e a gente vai abraçar isso. E a gente também não quis ter nenhuma informação prévia, então a gente não sabia quem eram as pessoas, a gente no máximo sabia, faltando cinco minutos pra entrar, quais eram os dois pratos que iam vir, então a gente sabia cinco minutos antes. Mas assim, a gente não sabia como ia ser, e uma coisa boa da direção também, que eu agradeço muito, foi da gente ter a liberdade pro roteiro ser nosso”.

“A gente não escreveu um roteiro, a gente literalmente entrou e gravou aquilo com alma. Não tinha: ‘olha, agora você tem que entrar e falar assim, assim e assado’. Tinha obviamente as chamadas do programa que a Paola fazia, mas a gente tava livre pra ser a gente, então isso deixa tudo muito fluido, deixa tudo muito natural. Essa química rolou também por essa liberdade que deram pra gente de cara, e a coisa rolou muito naturalmente. Então, vocês vão ver que é um programa muito verdadeiro, é de verdade, a gente tá fazendo de verdade. A gente tá tentando descobrir de verdade e a gente tá ali de alma e coração. Então, isso foi muito legal”, garantiu ela.

Nada de preparo!

Fabão complementou em seguida: “E digo mais, tinha muita coisa que a gente entrava no programa achando que sabia. A gente já vinha de cabeça, faltando cinco minutos, lia ali e tal e falava: ‘ah, isso daqui eu sei’. Chegava lá, caiu por terra. E aí você ficava: ‘meu Deus, é de fato um grande mistério’, porque ninguém sabia. Tentava ficar olhando assim, pra ver se alguém disfarçava, olhava uma coisa. E ninguém sabia nada. Tava todo mundo no mesmo barco, olhando, tipo, ‘quem é?'”.

Cozinha para além da profissão

Paola então apontou como trabalhar com gastronomia é muito mais amplo que ter restaurante de luxo: “Eu acho que tem algo que é importante pra entender… […] Depois de muitos anos de realities e de muitos anos de levar a gastronomia como mais uma possibilidade de trabalho… o mercado de trabalho na gastronomia hoje não é o mesmo que era 15 anos atrás. Não é. Hoje você tem um monte de gente que trabalha com comida e não necessariamente é chef de cozinha no restaurante”.

“Você tem pessoas que fazem consultoria, você tem personal chef, você tem pessoas que abrem hamburguerias, você tem pessoas que abrem docerias, você tem pessoas que fazem docinhos para vender em casa… Todos eles são, de alguma maneira, cozinheiros profissionais. Isso deixa um roteiro, um plot muito rico para quem escreve esse roteiro, porque as histórias são infinitas. Como você descobre se essa pessoa de fato abriu uma lojinha de doces porque uma amiga a levou para a Bahia e aí ela conheceu o cacau? Então ela se apaixonou, porque na verdade ela fazia design gráfico?”, pontuou ela.

“Essas histórias são todas verdadeiras. Eu já as vi de verdade em outros programas e na vida. Trabalho com essas pessoas. Então praticamente tudo é possível. A gente recebia três fichas, cada uma com o perfil de um cozinheiro. Se você lia, todas eram possíveis. Por mais que fossem ridiculamente esdrúxulas. A gastronomia hoje em dia ocupa um espaço que antes não tinha, por isso que tem espaço para esse programa hoje”, completou.

Paola atraída pelo ‘não profisisonalismo’

Paola Carosella voltou a reforçar o que lhe incentivou a aceitar a proposta de apresentar “Infiltrado na Cozinha”:

“Eu sempre tento saber coisas que me coloquem em lugares novos, porque eu gosto de experimentar outros lugares, de me sentir muito viva, fazendo coisas que me traduzem muito. E quando me foi apresentada essa proposta, eu senti que tinha muitos condimentos e muitas coisas que me atraíam”, ressaltou ela.

E em seguida, detalhou o que a atraiu, de fato: “Primeiro, a calma. A não pressão. Eu não aguento mais pressão. Sou cozinheira profissional há 34 anos, já experimentei a profissão da gastronomia com muita pressão e eu tenho hoje um restaurante que é muito renovado, que é muito cuidadoso e que tem disciplina, mas não tem pressão”, disse.

Eu acho que isso que a gente viveu numa época na TV foi importante para mostrar uma parte de uma história da gastronomia que não existe mais”

Paola prosseguiu: “Quando me falaram que os jurados iam ser humoristas, eu agradeci, porque eu quero que a comida seja entendida, que não é rígida. Que se você não faz a carne n ponto tal, se a massa não é aldente…”, explicou ela.

Cozinha do dia a dia

“Todas essas coisas são muito importantes para um restaurante, mas são importantes para o nosso dia a dia? Não. O que é importante para o nosso dia a dia? Que a gente se relacione com a comida de uma outra maneira. E o que é mais importante ainda no nosso dia a dia? Que a gente se relacione um com o outro de alguma maneira, que se junte”, destacou.

E eu senti que esse programa tinha o potencial de juntar família. Qualquer esquema e qualquer layout de família que exista. Imaginei uma família, qualquer uma, sentada no sofá, tentando adivinhar [o infiltrado]”, completou Paola.

Por fim, os jurados comentaram que passaram a ficar mais exigentes com a gastronomia epois do programa, que aplicaram os conhecimentos obtidos. Aliás, Paola Carosella elogiou o trabalho da treinadora dos infiltrados, que se atentou também aos gestos corporais para ajudá-los a enganá-los na gravações.

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Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.