Thales Bretas critica governo dois meses após morte de Paulo Gustavo: ‘Poderia ter sido diferente’

No último domingo, 4 de julho, fez dois meses que Paulo Gustavo morreu. O ator tinha 42 anos e não resistiu a uma série de complicações da Covid-19.

Nesta segunda-feira, 5 de julho, Thales Bretas, marido do artista, participou do programa “Encontro com Fátima Bernardes”, da Rede Globo, e contou o que o ajuda a enfrentar esse momento de luto e tristeza.

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“São três pilares. Primeiro, as crianças que me estimulam a correr atrás de tudo, uma continuação do amor que eu tive pelo Paulo. O meu trabalho tem me ajudado muito. Quando eu retomei, algumas pessoas acharam ser precoce, mas isso também me distrai. E os amigos, o carinho, uma palavra de distração, isso ajuda bastante até que o tempo acomode um pouco melhor as coisas”, disse o dermatologista.

O médico ainda afirmou que já esperava todas as inúmeras homenagens que Paulo recebeu.

“Isso não me surpreendeu porque eu sempre vi ele como um gigante. A repercussão foi enorme, mas acho tudo merecido, do tamanho dele. Ele tinha uma humildade e ele tinha muita ambição profissional, tinha uma certeza de que ele ia ganhar o Oscar um dia, ele tinha projetos para isso”.

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Covid-19

Durante o programa, Thales Bretas falou também de como o coronavírus pode ser imprevisível e evoluir para uma forma grave.

“A gente se cuidou extremamente, de todas as formas possíveis. Mas a gente não sabe, é uma loteria. É preciso alertar a população de como essa doença é imprevisível. Paulo era jovem, saudável, tinha uma asma controlada, há muito tempo sem crise, e teve esse desfecho terrível. Graças a Deus, muitas pessoas têm a forma leve, mas eu acho que os jovens precisam ter mais essa consciência que eles podem pegar, pode ficar grave. Ninguém está imune”.

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Indignação

O dermatologista fez questão de criticar a forma como o governo agiu durante a pandemia e afirmou que o desfecho poderia ter sido outro.

“A gente é vitima de uma pandemia mundial, mas eu acho que nesse momento algumas atitudes do governo são incabíveis e eu me sinto uma dessas vítimas. Poderia ter sido diferente, é um vírus, é uma doença, mas poderia ter sido prevenida em uma escala maior. Eu sinto que a gente está com um desgoverno e o próprio presidente é uma pessoa que não inspira confiança, não inspira cuidados”.

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Superação

Com Paulo, Thales teve os filhos Romeu e Gael. O médico contou que pretende não deixar os pequenos esquecerem de Paulo nunca.

“Minha maior função é mostrar o quanto o pai deles amou eles, passar todos os valores que ele tinha de generosidade, de justiça, compaixão, empatia. Vou mostrar sempre o trabalho lindo que ele fez, de tocar em assuntos difíceis de uma forma leve, de alegrar as pessoas. Quero passar essa alegria e esse amor”.

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Para concluir, o médico afirmou que também se apoia em Déa e Juliana, mãe e irmã de Paulo Gustavo.

“A gente está vivendo essa barra juntos, tem momentos muito difíceis e momentos menos difíceis. Cada um guarda um pouquinho do Paulo dentro de si, vamos vencer essa juntos no amor. Desejo muita força para todo mundo que está passando por isso”, finalizou.

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