William Bonner detona Bolsonaro no Jornal Nacional
Por Redação - 06/01/22 às 21:30
William Bonner leu um editorial da Globo na noite desta quinta-feira, 6 de janeiro. O apresentador criticou o presidente Jair Bolsonaro, não só em nome da empresa, mas também numa crítica pessoal. O texto citou exatamente a fala do chefe do executivo sobre a vacinação de crianças. O novo filiado do PL minimizou a morte de crianças por Covid-19.
Primeiro, o jornalista contextualizou a fala do presidente sobre a vacinação pediátrica, que já é aplicada em pelo menos trinta países do mundo. “O Presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar hoje a vacinação contra Covid. Ele chegou a minimizar o número de mortes nessa faixa-etária e disse que não conhece nenhum caso. É uma desinformação, porque o próprio Ministério da Saúde do governo dele contabiliza 308 mortes de criança de 5 a 11 anos desde o começo da pandemia. Bolsonaro também duvidou da honestidade da ANVISA por ter aprovado a vacinação infantil contra Covid. E chamou quem defende a imunização de ‘tarados por vacina’. As cenas foram publicadas nas redes sociais do Presidente”, descreveu o âncora.
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Em seguida, falou do luto dos brasileiros que precisaram lidar com a morte de crianças em consequência da Covid-19, além de reiterar as funções da ANVISA no processo de liberação do imunizante e devido processo de regulamentação do que será entregue nos Postos de Saúde.
As declarações do presidente Jair Bolsonaro a respeito das vacinas de crianças contra a Covid-19 afrontam a verdade e desrespeitam o luto de milhares de brasileiros, parentes e amigos das mais de 300 vítimas de cinco a onze anos. O Presidente também desrespeita todos os técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ao questionar qual seria o interesse da ANVISA com a autorização da vacinação de crianças. O interesse da vacina está expresso na Lei que a criou: coordenar a vigilância sanitária em defesa da população. O quarto artigo da lei determina que a agência atue como uma entidade administrativa independente e que as prerrogativas necessárias ao exercício adequado de suas funções sejam asseguradas. Não é isso que o Presidente tem feito ao ameaçar divulgar nomes dos agentes da ANVISA que aprovaram a vacinação infantil. E agora, ao questionar a lisura do órgão.
William Bonner no JN
Leia+: Bolsonaro ataca Ivete Sangalo e José de Abreu
Renata Vasconcellos continuou o editorial da Globo e lembrou quanto Bolsonaro tentou impedir a liberação da vacinação infantil. “Por fim, as declarações do Presidente Bolsonaro contrastam com aquilo que prevê o artigo 196 da Constituição que ele jurou respeitar: ‘A saúde é direito de todos os cidadãos e dever do Estado’. O governo Bolsonaro retardou a decisão sobre a vacina de crianças desde o dia 16 de dezembro até ontem, data limite imposta pelo Supremo [Tribunal Federal]. Convocou uma audiência pública estapafúrdia, porque remédios não podem ser submetidos ao público leigo, mas por cientistas. Em razão dessa demora, as famílias brasileiras tem ainda que aguardar ao menos mais sete dias para receber as primeiras doses periódicas”, continuou Renata.
Bonner deu a fala final, dizendo esperar que Bolsonaro responda às consequências do que fala e faz, sendo Presidente da República do país. “O Presidente Jair Bolsonaro é responsável pelo que diz, pelo que faz. Espera-se que venha também ser responsável pelas consequências daquilo que faz e diz”, finalizou.
PROVOCOU IVETE SANGALO
Bolsonaro recebeu alta do Hospital Vila Nova Star em São Paulo na manhã de quarta-feira, dia 5 de janeiro, e não poupou alfinetadas logo em sua primeira entrevista. O Presidente afirmou que mudanças estão sendo feitas na Lei Rouanet para que elas não sejam benéficas aos grandes artistas e citou nominalmente Ivete Sangalo e José de Abreu.
“Estamos mexendo na Lei Rouanet. Nós queremos a Lei Rouanet para atender aquele artista que está começando a carreira e não para figurões ou figuronas como a querida Ivete Sangalo. Ela está chateada, o Zé de Abreu está chateado, porque acabou aquela ‘teta’ deles gorda de pegar até R$ 10 milhões por ano da Lei Rouanet e defender o presidente de plantão. Eu não quero que me defenda, eu quero que fale a verdade a meu respeito.”
A Lei Rouanet faz parte do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac) e para uma artista ser apto a receber recursos ele deve submeter uma ideia para análise da Secretaria Especial da Cultura. Se aprovado, o projeto vai em busca de recursos que podem ser provenientes de pessoas físicas ou jurídicas.
A crítica do presidente é uma resposta a um vídeo da cantora que viralizou na última semana de dezembro. Em um show em Natal no Rio Grande do Norte, Ivete incentivou coros contra Bolsonaro, pedindo para aumentar o volume das provocações.
O secretário especial de Cultura, Mario Frias, tomou as dores do presidente e atacou Ivete nas redes sociais. O secretário disse que ela se presta ao “ridículo papel de ser animadora de militante esquerdista”
Já Zé de Abreu é um crítico ferrenho do Presidente e se posiciona frequentemente nas redes sociais. O ator é filiado ao Partido dos Trabalhadores e recentemente desistiu de se candidatar a deputado.
INTERNAÇÃO DE BOLSONARO
O Presidente estava internado desde segunda-feira, dia 3 de janeiro, para tratar de um quadro de obstrução intestinal. Segundo boletim médico divulgado, cirurgia não foi necessária.
“O Hospital Vila Nova Star informa que o quadro de suboclusão intestinal do Senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, se desfez, não havendo indicação cirúrgica”, diz o documento. “A evolução do paciente clínica e laboratorialmente segue satisfatória e será iniciada hoje uma dieta líquida. Ainda não há previsão de alta”, acrescenta o boletim.
Segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência, o Presidente deu entrada no hospital por um “desconforto abdominal”. Bolsonaro afirmou que passou mal após seu almoço de domingo em Santa Catarina, onde estava passando férias.
Esta é a segunda vez que Jair é internado em seis meses por conta de dores abdominais. Em julho de 2021, o Presidente também foi internado em um hospital em São Paulo e recebeu alta após cinco dias com diagnóstico de obstrução intestinal. Desde a facada que Jair sofreu em 2018, o médico-cirurgião Antônio Luiz Macedo é quem acompanha o Presidente.
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