Priscilla Alcântara se redescobre na música pop

Aos 25 anos, Priscilla Alcântara já acumulou 15 anos de carreira em meio à televisão e à música gospel, mas não vê porque sua arte deveria se limitar a um gênero ou mídia. Em entrevista para a Rolling Stone, a cantora falou sobre fé, música pop e novas possibilidades.

Seu álbum mais recente, “Tem Dias (Expansão)” é um mergulho no mundo do pop, mas Priscilla explicou que, independente dos caminhos artísticos, há um elemento sempre presente e imutável em sua música: a fé.

NOVO ESTILO

A artista gospel afirmou que o gênero religioso é muito diferente no Brasil e nos Estados Unidos, e que a música americana tem mais relação com a sonoridade, o que modifica o entendimento do gospel no Brasil e “dificulta a vida do artista cristão”. “Ficamos fadados à temática quando, na verdade, o gospel poderia ter outro conceito: o sonoro. Tem uma riqueza musical muito grande” explicou.

Sobre sua transição para o pop, Priscilla Alcântara disse que sua identidade e seu propósito na música são imutáveis, mesmo em outros gêneros. “A minha fé é a minha raiz. Não é sobre onde eu to, é sobre quem eu sou independente de onde eu esteja.”.

A cantora explicou que sua expressão ganhou nova forma no disco “Tem Dias”, produzido em sua própria casa durante a pandemia do COVID-19, com a ajuda de Lucas Silveira, vocalista da banda “Fresno”. “A minha questão não é sobre ser bem-sucedida em números apenas, é sobre convicção, aquilo que eu acredito, princípios, valores” contou para a entrevista, enquanto falava sobre seu amadurecimento pessoal e musical. 

Priscilla Alcântara finalizou falando sobre a importância, para o artista, de não ser rotulado, nem pela mídia, nem por seu público. “Nunca me vi nichada ou limitada.” disse.

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