Gustavo Corasini fala da morte do amigo, após acidente: ‘Um irmão’
Por Redação - 29/08/22 às 08:39
O acidente que comoveu a todos na semana passada, envolveu Gustavo Corasini e seu amigo, Eduardo, quando uma mulher manobrando o carro, acidentalmente os atropelou, mexeu com muita gente. Gustavo só soube da morte do amigo dois dias depois do que aconteceu.
Ao Fantástico deste domingo, 28 de agosto, Gustavo, ainda internado, após cirurgia e cuidados com as fraturas na perna, no braço e na bacia, falou do sentimento de irmão que tem pelo amigo.
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“Considerava ele como um irmão mesmo. Gostava muito dele. Ele era um ótimo amigo, ótimo irmão, ele sempre estava cuidando dos irmãos dele. Um ótimo filho também, sempre estava ajudando a mãe dele. Vai deixar saudade (suspiro). Mas eu sei que agora ele está em um lugar melhor e que vai ficar tudo bem”, disse Gustavo.
A mãe de Eduardo, com sentimentos destruídos, disse que o filho estava de olho no futuro e que, ao vê-lo caído, sem vida, fazia um pedido a Deus:
“Quando olhei, vi que era o tênis dele, estava de olho fechado, pálido… Sabia que ele estava sem vida, mas eu gritava para Deus dar uma chance pra ele. Era tão feliz, alegre queria se formar, queria ser alguém na vida, queria me ajudar. Ele sempre dizia ‘Mãe estamos juntos, eu to junto com você’”, contou Francisca Márcia, mãe do Eduardo, à atração.
Eduardo queria ser bombeiro e o sonho era também comprar uma casa para a mãe.
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GRITOS DA AMIGA
Rafa, que faz parte da turminha do Gustavo, quando viu o ocorrido, saiu para chamar Fernanda, a mãe do Gustavo.
“Ela gritava, chorando ‘O Gustavo… ele foi atropelado, ele está embaixo do carro’. Eu não estava entendendo o que estava acontecendo. Sai correndo pra ver o que era.”
CARINHO DO AMIGO DE CENA
José Loreto, que interpreta o peão Tadeu na fase adulta de “Pantanal”, mandou uma mensagem de vídeo ao companheiro de novela:
“Dá-lhe, Gustavo, Tadeuzinho, menino doce, ator maravilhoso. Estou aqui em nome de toda família do Pantanal para desejar melhoras, toda força e todo amor do mundo. Você é muito especial, e conte com a gente”.
ACIDENTE
Gustavo e o amigo Eduardo estavam em frente ao condomínio onde moravam. Os dois decoravam a rua para a Copa da Mundo quando foram atingidos por um carro. Segundo informações, um pedreiro que trabalhava na vizinhança se acidentou e uma ambulância foi chamada para socorrê-lo. As crianças correram para o local para ver o que estava acontecendo. Quando a vizinha foi retirar o carro para dar passagem, perdeu o controle e prensou as duas vítimas contra a parede. Gustavo ficou ferido e Eduardo faleceu.
Gustavo teve fraturas no braço, na perna e na bacia e passou por cirurgias. Foi informando ainda que o ator precisou colocar uma sonda para conseguir urinar, pois ainda sofre com os efeitos das medicações.
Um vídeo de Gustavo brincando com Eduardo momentos antes do acidente foi compartilhado nas redes com uma homenagem ao garoto que morreu.
“Foram tantos momentos felizes que passavam juntos, tantas brincadeiras, sorrisos, piadas e até brigas. Você foi um irmão pro Gustavo e um filho pra mim, me perturbava falando que era sua mãe. Sua missão aqui foi curta mas foi intensa, você viveu como gente grande, cheio de responsabilidades, mas era só um menino. Um menino feliz, brincalhão, zueiro e que não deixava ninguém em paz. Até o último role de vocês juntos pra curiar o que estava acontecendo foi fazendo farra. Eduardo que Deus o receba de braços abertos meu menino, meu cria como vc gostava de dizer. Por aqui vamos amparar sua mãe e seus irmãos, vá em paz sua missão foi cumprida com sucesso. Cuida dessa molecada aí de cima por favor. Nos te amamos e você vai fazer muita falta. Vamos continuar enfeitando nossa rua bem linda em sua homenagem”.
CUIDADO E ATENÇÃO COM A ANSIEDADE PATOLÓGICA
Na manhã desta sexta-feira, 26 de agosto, o ator mirim de “Pantanal” Gustavo Corasini recebeu a visita de uma psicóloga no Hospital Santa Marcelina, em São Paulo, onde permanece internado deste a última terça-feira, 23 de agosto, quando sofreu um atropelamento na rua onde mora, no bairro do Itaim Paulista. O amigo Eduardo Delfino, de 13 anos, que brincava com ele, não resistiu aos ferimentos e morreu.
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Fernanda Corasini, mãe do ator, relatou que a psicóloga conversou “um pouquinho com ele, mas ele ainda está muito triste e se fechou para a conversa“. Informou que será feito um trabalho para cuidar da parte psicológica de Gustavo que está bastante abalada. “O acidente foi horrível, ele presenciou toda a situação do estado grave que estava o amigo. Além da perda, são cenas perturbadoras que não saem de seus pensamentos”, contou.
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OFuxico conversou com o psicólogo e escritor Alexander Bez, atuante na área há mais de 23 anos e especialista em Ansiedade e Síndrome do Pânico pela Universidade da Califórnia (UCLA) para entender incialmente a recusa de Gustavo quer falar.
“O choque é o estágio inicial de um processo traumático. Quando a pessoa está em choque, neurologicamente falando, ela entra em estado de estupor, em que o doente, apesar de consciente, não reage a estímulos externos, permanecendo imóvel, aparentemente sem sensibilidade, fazendo com que a pessoa se afaste um pouco da realidade”, explicou.
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“O choque traumático também está relacionado a não aceitação do trauma. Saindo do choque, esse paciente pode apresentar uma sintomatologia onde pode haver uma expectativa de querer sair daquele quadro que ele viveu. E, além disso, a gente está falando também de sintoma de estresse pós-traumático. Nisso, ele irá precisar ter uma profunda atenção para que ele não desencadeie uma ansiedade patológica, que pode ser um grande problema”, afirmou.
O QUE É ANSIEDADE PATOLÓGICA?
A ansiedade passa a ser patológica quando começa a prejudicar o dia a dia, causando transtornos físicos e emocionais e interferindo na qualidade de vida do indivíduo, que não consegue controlá-la. Os sintomas podem começar desde criança e persistirem até a fase adulta, sendo os mais frequentes: Tontura, tremores, inquietação, Suor em excesso, falta de ar, tensões musculares, insônia, sensação de fraqueza ou cansaço, irritabilidade e mudanças de humor, problemas gastrointestinais, palpitações e desmaios.
De acordo com o especialista, para que Gustavo volte a ter a vida que levava antes do acidente, ele irá precisar de muita atenção familiar, terapia de apoio e terapia também em função do luto que ele viveu pela perda do amigo. “Existem todas essas questões que precisam ser sanadas e remediadas para que a pessoa possa ter uma qualidade de vida novamente”, contou.
“É triste, porque a gente está falando de um menino de 12 anos que está entrando na adolescência. A gente tem que tratar esse choque com muita psicoterapia, às vezes há a necessidade de entrar com ansiolítico mesmo com 12 anos, para que realmente a ansiedade não vire crônica. Enquanto durar o choque, ele vai ficar assim. É um processo reacional totalmente normal a configuração do choque”, explicou o psicólogo.
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