Mangueira conta como o brasileiro lida com a religiosidade
Por Redação - 28/02/17 às 05:05
A atual vencedora do carnaval vai falar sobre a forma que o brasileiro lida com a religiosidade. A verde-e-rosa, adorada como religião, vai transformar o desfile numa procissão de fé, mas com muito samba e alegria num jeito bem-humorado para contar como o brasileiro se apega a seus santos de devoção para viver. A escola vai prestar um tributo a seus dois santos protetores: Nossa Senhora da Conceição e São Sebastião.
E vai mesclar o sagrado e o profano, nas festas a partir da fé nessas divindades. Estarão representadas as romarias e procissões em homenagem a Padre Cícero, Congada, Folia de Reis, Festa Junina, a distribuição de doces no dia de São Cosme e São Damião. Acender velas, bater três vezes na madeira, patuás, galhos de arruda e simpatias para dar sorte também vão estar presentes na avenida. Além da fé católica, a Mangueira também vai mostrar um pouco desse sincretismo que junta mescla santo e orixá, fazendo uma referência aos terreiros e gongás da umbanda.
A Mangueira vai mostrar a sua força e desfilar os mistérios, crendices e magias na avenida. E pedir proteção para mais um campeonato conquistar, com a bênção de santos e orixás.
Confira a ficha técnica da agremiação:
Fundação: 28/04/1928
Cores: Verde e rosa
Presidente: Chiquinho da Mangueira
Enredo: “Só Com a Ajuda do Santo”
Carnavalesco: Leandro Vieira
Integrantes: 3 mil
Alegorias: 06
Alas: não revelado
Mestres de Bateria: Rodrigo Explosão e Vitor Art
Rainha da Bateria: Evelyn Bastos
Mestre sala & porta-bandeira: Mateus Olivério e Squel Geórgia
Famosos no desfile: Alcione, Rosemary, JP Rufino e o ex-jogador Junior
Autores do Samba: Lequinho, Júnior Fionda, Gabriel Martins, Flavinho Horta, Gabriel Machado e Igor Leal
Interprete oficial: Ciganerey
Letra do Samba:
Mangueira… Eu já benzi minha bandeira
Bati três vezes na madeira
Para a vitória alcançar
No peito patuá, arruda e guiné
Para provar que o meu povo nunca perde a fé
A vela acesa pro caminho iluminar
Um desejo no altar, ou no gongá
Vou festejar com a divina proteção
Num céu de estrelas enfeitado de balão
É verde e rosa o tom da minha devoção
Já virou religião
O manto a proteger, Mãezinha a me guiar
Valei-me meu Padim onde quer que eu vá
Levo oferendas a Rainha do Mar
Inaê, Marabô, Janaína
Abriram-se as portas do céu, choveu no roçado
Num laço de fita a menina pediu comunhão
Bala, cocada e guaraná pro Erê
Meu padroeiro irá sempre interceder
Clareia… Tenho um guerreiro a me defender
Firmo o ponto pro meu orixá (no terreiro)
Pelas matas eu vou me cercar (mandingueiro)
Me, marafo e abô…
Só com a ajuda do santo eu vou
(confirmar meu valor)
O morro em oração, clamando em uma só voz
Sou a Primeira Estação, rogai por nós!
O meu tambor tem axé Mangueira
Sou filho de fé do Povo de Aruanda
Nascido e criado pra vencer demanda
Batizado no altar do samba
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