Autora de Harry Potter é apagada de Museu de Cultura nos EUA. Entenda!
Por Redação - 08/08/23 às 16:13
Criadora do bruxinho mais famoso da cultura pop, J.K. Rowling sofreu mais uma retaliação por falas transfóbicas. A polêmica começou há anos, quando a autora começou a defender que o sexo biológico não pode ser alterado e causou a irritação dos fãs da saga Harry Potter.
Mesmo com diversas críticas, a britânica não desiste de fazer comentários de ódio contra pessoas transsexuais. Desta vez, a autora foi removida do espaço dedicado ao Universo Bruxo do Museu de Cultura Pop dos Estados Unidos, que fica na cidade de Seattle.
O nome de J.K. Rowling e suas imagens foram removidos do display da obra. O gerente de projetos do museu, Chris Moore, justificou a decisão alegando que, a partir de agora, só receberão créditos aqueles que realmente merecem.
“Você verá os artefatos sem nenhuma menção ou imagem da autora. Afinal, Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint são aliados incrivelmente vocais [da comunidade LGBTQ+]. Devemos esquecer o trabalho deles agora que a autora original é terrível? Não estou nem falando em ‘separar a arte do artista’, mas sim em dar o devido crédito”, escreveu o gerente no blog do museu.
Chris é um homem trans e revelou que se sentiu diretamente afetado pelo discurso de J.K. Rowling, cuja série de livros era sua favorita antes das polêmicas. “Quando eu era criança, os temas superficiais em Harry Potter de aceitação dos outros e de proteção das pessoas contra maus-tratos eram incrivelmente atraentes para mim”, relembrou.
“Há uma certa entidade fria, sem coração e sugadora de alegria no mundo de Harry Potter e, desta vez, não é realmente um dementador. Adoraríamos seguir a teoria da Internet de que esses livros foram realmente escritos sem um autor, mas essa certa pessoa é um pouco vocal demais com suas visões super odiosas e divisivas para serem ignoradas”, opinou.
Segundo Moore, a autora e sua equipe perseguiram Jessie Earl, uma das ex-funcionárias de vídeo do Museu de Cultura Pop que demonstrou apoio financeiro aos fãs trans da saga bruxa.
Além disso, ele citou o novo livro de Rowling, “Troubled Blood” (Sangue Perturbado, em português), em que a grande assassina é uma mulher trans. “Acaba sendo um romance inteiro de táticas de susto transfóbicas veladas”, defendeu o gerente.
Ele finalizou o comunicado dizendo que o museu busca tomar as melhores decisões. “Estaremos sempre buscando melhorias. Não somos perfeitos nessa prática, mas é por isso que se chama prática”, concluiu.
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