Sérgio Reis relembra Cristiana Oliveira em “Pantanal”: “Trabalho danado”
Por Redação - 18/02/22 às 08:00
A TV Globo confirmou esta semana a data de estreia do remake de “Pantanal”. A novela exibida originalmente em 1990 pela extinta TV Manchete, será a substituta de “Um Lugar ao Sol”, no horário das 21h, a partir do dia 28 de março.
OFuxico conversou com o cantor e compositor Sérgio Reis, que integrou o elenco do folhetim de Benedito Ruy Barbosa na pele do violeiro Tibério e falou sobre a expectativa. “Foi um sucesso extraordinário. E se eles (TV Globo) seguirem as normas do Bruno Luperi, que é neto do Benedito, porque ele é orientado pelo o avô, com certeza vai ser um sucesso. E a Globo saber fazer novela, não é mesmo?”, disse. “Não vai ter erro”, acrescentou.
Das lembranças que Sérgio Reis guarda da época, o cantor recordou o dia que o ator Paulo Gorgulho (intérprete de José Leôncio, mais novo) pegou um jacaré de quase dois metros, levantou e disse: “Eu vou tomar conta disso aqui”, contou o músico aos risos.
A amizade feita com a atriz Cristiana Oliveira, intérprete de Juma, Sérgio mantém até hoje. E uma das principais lembranças que ele tem da atriz, que na época namorava o cantor Rafael Ilha, é dela pedindo o avião do cantor emprestado para ver o então músico cantando com o Polegar. Os dois eram jovens e estavam apaixonados.
“A Krica, na época do Pantanal, ela namorava o Rafael Ilha. Ela me dava um trabalho danado. Ela dizia: ‘Manda um avião me levar para eu ver ele no show’. Eu dizia que ela ia atrapalhar o show. Mas não adiantava, ela ia, pegava o avião e ainda brincava: ‘Eu pago o combustível!’. Quantas vezes eu tive que voar com ela para ver o show dos meninos. Mas depois passou e acabou”, recordou Sérgio Reis.
A única lembrança triste, disse o músico, foi a do dia em que o elenco finalizou a novela. “Foi quando nós sabíamos que íamos embora no dia seguinte. Foi uma tristeza, porque nós já estávamos acostumados um com outro. Um ano lá dentro. Se cria amizade, um vínculo, um respeito. Foi muito bom mesmo”, recordou o músico.
Pantanal: Conheça os principais personagens da fazenda de José Leôncio
“Pantanal” está cada dia mais próxima de estrear na TV Globo, com a previsão de chegada na emissora carioca sendo o dia 28 de março. Por conta disso, novos detalhes da novela vão sendo liberados a cada dia, inclusive pelo próprio canal em textos disponíveis para a imprensa.
Em um deles, é retratado o núcleo de José Leôncio (Renato Góes) na trama, na qual o personagem precisa seguir em frente após o desaparecimento de seu pai, Joventino (Irandhir Santos). Durante meses o peão roda rios, florestas, pastos e baías à procura de qualquer vestígio que indique seu paradeiro. A busca segue sem sucesso.
Neste período, é a presença dos companheiros Quim (Chico Teixeira) e Tião (Fábio Neppo) que lhe dá esteio. Sem contar com a chegada de uma velha amiga, Filó (Letícia Salles). Uma morena de currutela, ou prostituta, com quem Zé se relacionou no passado e que chega grávida em sua fazenda pedindo abrigo e trabalho.
Ao nascer Tadeu (Lucas Oliveira dos Santos), Filó pede que Zé o batize e logo o menino cresce e passa a chamá-lo de padrinho para cima e para baixo, buscando preencher o vazio no peito de Zé após o sumiço de Joventino.
Anos antes, quando os Leôncio chegaram ao Pantanal e Joventino quer domar os bois no feitiço, aposentando o laço, quase todos os peões que os acompanhavam há muito tempo pelas tantas comitivas país adentro, os abandonam, pois não acreditam que eles podem ter sucesso naquela empreitada.
AMIZADE DE QUIM E TIÃO
Pois tem. E quem fica para ver consegue desfrutar da abonança. Basicamente, Quim e Tião, esses dois peões atrapalhados, mas fiéis e leais à família que garante a eles morada e uma vida digna por tanto tempo.
Quim não consegue se furtar de pontuar os seus comentários quase sempre impertinentes. Tem a língua maior que a boca e o olho maior do que a barriga, e por isso é constantemente reprimido por todos ao seu redor, inclusive e principalmente por Tião, seu amigo inseparável.
Tião, por sua vez, é filho da liberdade como todo peão. Por isso se adaptou tão bem à vida pantaneira, de lonjuras sem fim e horizontes distantes, onde tudo é possível e nada é necessário. Dono de um humor peculiar, Tião é para os patrões muito mais do que um mero criado.
Como todos os que seguem a toada do velho Joventino – e, em seguida, a de José Leôncio –, Tião é um homem de confiança. Preza por isso, bem como pela imprevisibilidade da vida de peão; de partir em comitiva, de sair em bagualhadas e viver entre as modas cantadas e os casos contados.
Tião e Quim se tornam mais que bons amigos, se tornam irmãos, e têm, um com o outro, a liberdade de sentir o que sentem e dizer o que pensam. E por isso, porque são tão puros, brindam a todos, seja quem seja, com as suas pérolas.
ENTRADA DE FILÓ
Quando Filó se une aos três na fazenda, fortalece ainda mais o ciclo de proteção e afeto de José Leôncio. Ela é muito mais que uma empregada. Filó é a alma e o coração daquela casa. Uma mulher religiosa, apegada à sua fé.
Após ser expulsa de casa pela mãe aos 12 anos, encontra abrigo em uma currutela, local onde conhece José Leôncio meses antes de procurar por ele na fazenda. Recebe dele emprego, carinho, abrigo e, acima de tudo, proteção.
Vira fera para proteger seu Zé contra tudo e contra todos, disposta a trair até mesmo os seus sentimentos pelo bem do patrão.
Com tanto amor ao seu redor, de Quim, Tião, Filó e Tadeu, pode-se dizer que José Leôncio é um homem de sorte. Mas nem sempre ele se sente assim. Após o desaparecimento de Joventino, Zé carrega essa dor em ferida aberta a vida inteira e tem dificuldade em reconhecer a riqueza que tem em sua volta.
“Pantanal” é escrita por Bruno Luperi, baseada na novela original escrita por Benedito Ruy Barbosa. A direção artística é de Rogério Gomes, direção de Walter Carvalho, Davi Alves, Beta Richard e Noa Bressane. A produção é de Luciana Monteiro e Andrea Kelly, e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.
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