Será a Fórmula 1 uma roleta de cassino para os pilotos?

Em meio a uma temporada de Fórmula 1 “sonolenta”, com Max Verstappen caminhando para o tri e esmagando a oposição, uma questão merece ser colocada em check: será a Fórmula 1 um esporte de sorte, no sentido em que é preciso ter um carro potente e competitivo para conseguir vencer Grandes Prêmios e conquistar títulos? Já reparou que a última equipe que venceu o Campeonato sem ser em anos consecutivos foi a Brawn GP, com Jenson Button, em 2009? Depois disso veio uma era RedBull, uma era Mercedes e agora RedBull de novo.

Parece que, para os pilotos, escolher uma equipe é como jogar na roleta e esperar que a sorte lhe entregue o melhor carro. O bicampeão Fernando Alonso já falou que “não tinha uma bola de cristal” e que teve falta de sorte nas equipes que escolheu, acreditando que seu talento justificava bem mais que os dois “magros” títulos, conquistados nos longínquos anos de 2005 e 2006 (com a Renault).

Roleta de cassino: como funciona

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• Vermelho ou Preto;
• Par ou Ímpar;
• Uma das três dúzias;
• Um ou mais números específicos, etc.

Por fim, clica no botão para girar a roda e aguarda que ela pare em um dos números. Assim o jogador receberá um prêmio se cair no lugar certo!

Os jogos de roleta funcionam com um software RNG (RandomNumberGenerator) que assegura um resultado aleatório como em uma roleta física. É importante conferir se você está jogando em um cassino licenciado e imparcial, onde os resultados não serão viciados.

O papel da sorte

Então, escolher uma equipe de Fórmula 1 pode ser como jogar na roleta. E essa tendência se tornou especialmente importante a partir dos anos 80, quando as regras passaram a favorecer maiores “eras” de domínio por parte de uma só equipe. A partir dos anos 80 passou a ser habitual a mesma equipe e/ou o mesmo piloto vencer o campeonato em dois ou mais anos consecutivos. Antes dos anos 80 isso acontecia com menos frequência.

O piloto que tenha a sorte de ser contratado por uma equipe iniciando ou em meio a um período de domínio é um forte candidato a vitórias e títulos.

Já Senna se lamentava

Poucos sabem, mas Ayrton Senna se lamentou de sua sorte. Entre 1991 e 1993 ele lutou bravamente contra dominante a Williams-Renault, até assinar contrato com Frank Williams para 1994. Mas, “bem na minha vez,cagaram no carro…” afirmou o piloto quando percebeu que a Williams tinha perdido sua superioridade para a Benetton de Michael Schumacher, bem no ano de sua chegada.

E história mostra pilotos que tiveram muita sorte? Claro que sim! Os “haters” de Lewis Hamilton afirmam que ele teve sorte demais no sucesso que a Mercedes conseguiu, com muitos carros vencedores entre 2014 e 2021. Outro exemplo recente é o de Jenson Button. Depois que a Honda desistiu da Fórmula 1, o britânico quase ficou sem equipe para 2009. Poderia ter assinado pela Toro Rosso em dezembro de 2008, mas três meses depois, estava vencendo o Grande Prêmio da Austrália e percebendo que seu novo carro Brawn era o veículo dominador. Uma sorte incrível, que ele soube aproveitar para levar o título mundial para casa.

Piloto de F1 deve ter competências de gestão empresarial

Sejamos honestos. O próprio Alonso reconheceu ter sido, no final de 2007, questionado pela RedBull, mas que recusou porque tratava-se apenas de uma companhia de bebida energética. Talvez ele deveria ter investigado melhor sobre a ambição do fundador da equipe, Dietrich Mateschitz.

A verdade é que existe um certo número de pilotos que todo o mundo sabe que são fortíssimos candidatos a vencer um título, desde que tenham um carro vencedor. São os chamados Top Drivers e Verstappen, Hamilton e o incrível Alonso são talvez os únicos do grid atual nessa categoria.

Essa regra não é fixa nem eterna. Piloto de F1 é um lutador que sempre precisa se renovar e rever sua carreira e sua equipe. Assistimos à “queda” de Sebastian Vettel e de Daniel Ricciardo em um passado recente. Vettel acabou por se recuperar um pouco com seu esforço na Aston Martin. Charles Leclerc é um Top Driver sobre o qual há dúvidas, porque Carlos Sainz roda muitas vezes junto com ele… e quanto a Lando Norris, representa uma esperança, mas não é ainda uma certeza.

No mais, é preciso sim saber onde estará o futuro. Senna lutou muito fora de pista para integrar a McLaren e conseguiu “levar” a Honda com ele, com a parceria McLaren-Honda de grande sucesso nos anos seguintes. Hamilton teve sorte em ser escolhido pela Mercedes? Talvez, mas lembre-se que Hamilton e Alonso foram pilotos Mercedes na McLaren em 2007. Porquê o construtor germânico escolheu o britânico antes do espanhol para substituir Schumacher?

Moral da história: É preciso ter um carro dominante, sim, mas piloto vencedor não deve esperar pela sorte.

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