Tóquio 2020: Futebol feminino estreia com goleada de 5 x 0

Por - 21/07/21 às 08:00

(Foto: Divulgação/Time Brasil)

Com gols de Marta, Debinha, Andressa Alves e Bia Zaneratto, a seleção brasileira feminina de futebol estreou dando olé nãos Jogos Olímpicos de Tóquio, nesta quarta-feira, dia 21de julho. Mostrando excelente desempenho ofensivo, as meninas venceram a China por 5 a 0.

Marta Silva marcou dois gols e com isso chegou à marca de 12 bolas na rede em Jogos Olímpicos. O placar foi completado por Debinha e Andressa Alves no estádio em Miyagi, que recebeu a presença de um pequeno público.

A China começou a partida marcando forte e a seleção brasileira suportou a pressão com segurança. Logo aos oito minutos, veio o primeiro gol. Bia Zaneratto recebeu pelo lado esquerdo e cruzou para Debinha, que cabeceou no travessão. Bia brigou pelo rebote e a bola sobrou para Marta chutar de pé esquerdo e fazer o primeiro gol do Brasil na Olimpíada.

Aos 21 minutos, o segundo gol. Bia Zaneratto chutou forte no canto, a goleira Peng Shimeng deu rebote e Debinha tocou para o gol vazio. O terceiro quase aconteceu aos 30 minutos, com a zagueira Érika, mas a bola bateu na rede pelo lado de fora.

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No segundo tempo, mais pressão da seleção chinesa e aos 3 minutos, a goleira Bárbara evitou o gol certo da China. O Brasil voltou a colocar a bola na rede com Marta, que acertou o canto esquerdo da goleira Peng Shimeng.

Aos 34 minutos, Andressa Alves aproveitou vacilo da defesa da China e sofreu pênalti. Ela mesma cobrou e fez o quarto do Brasil. No final, aos 44 minutos, Bia Zaneratto aproveitou o cruzamento rasteiro, tocou de pé esquerdo e fez o quinto gol do Brasil.

O próximo compromisso do Brasil na fase de grupos dos Jogos Olímpicos é diante da Holanda. O duelo, que promete muitas emoções, acontece neste sábado, dia 24 de julho, às 20h do Japão, 08h horário de Brasília.

OLIMPÍADA DIFÍCIL

Participantes e organizadores da Olimpíada de Tóquio já classificaram esta edição do evento como particularmente difícil e desafiadora, principalmente porque ela acontece em meio à pandemia de coronavírus, que causou o adiamento do evento em 2020 e já tirou a vida de mais de 4 milhões de pessoas em todo o mundo.

Contudo, nos bastidores há confusões que têm dado o que falar, como n o sumiço de um atleta ugandês e acusações contra um artista que participaria da cerimônia de abertura.

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COVID-19 NA VILA OLÍMPICA

Há 71 casos confirmados de Covid-19 de pessoas credenciadas ao evento (40 residentes no Japão e 31 pessoas vindas do exterior). Os primeiros casos foram confirmados no último final de semana, dias 17 e 18 de julho, com Thabiso Monyane e Kamohelo Mahlatsi, jogadores de futebol da África do Sul, e Mario Masha, analista de vídeo da equipe.

Eles e outros membros da equipe com quem tiveram contato estão confinados em seus quartos, tendo alimentação entregue na porta e a rotina diária de testagem por meio do método PCR.

A NOVELA GABRIEL MEDINA

Principal nome do Brasil no surfe, Gabriel Medina afirmou que não estará 100% em Tóquio por conta da ausência da mulher, Yasmin Brunet.  Em junho, o Comitê Olímpico Brasileiro vetou o credenciamento da modelo nas Olimpíadas de Tóquio. Ao contrário da maior parte das modalidades, a Confederação Brasileira de Surfe (CBSurfe) não indicou profissionais de comissão multidisciplinar ao COB, deixando que cada atleta escolhesse uma pessoa para ser credenciada.

Gabriel Medina havia indicado o técnico australiano Andy King e a esposa, que entraria no país como turista, mas, por conta das restrições causadas pela Covid-19, o número de possibilidades caiu de duas para um. 

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O Japão declarou pela quarta vez estado de emergência em razão da pandemia, o que vetou também a presença de público nas arenas. 

O surfista, então, solicitou que King fosse descredenciado e Yasmin convocada em seu lugar. Mas o pedido foi rejeitado pelo COB. De acordo com o Comitê, “o credenciado tem que ser um profissional que tenha ligação com a modalidade”. O COB também disse que havia acordado com Medina que seu auxiliar credenciado seria King.

REVOLTA

Na última semana antes do embarque para Tóquio, foi noticiado que o COB aprovou que a atleta de lançamento de discos Andressa Morais levasse o marido, Everton Luiz Ribeiro, como seu acompanhante para a Olimpíada. 

Ele foi credenciado pelo Comitê Olímpico Brasileiro para desenvolver a função de técnico da atleta no lugar do cubano Julian Meija, que conseguiu sair de seu país a tempo. 

O COB alegou que Everton é quiroprata, tem registro técnico na confederação e além de acompanhar a esposa, vai ser responsável, junto com João Paulo Cunha, por uma equipe de sete atletas.

Ao tomar conhecimento da situação, Yasmin Brunet se revoltou.

“A verdade sempre aparece. Sabia que era pessoal”, escreveu no stories do Instagram.  

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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino