Carmo Dalla Vecchia diz que fala homofóbica de amigo o ajudou a se assumir

Carmo Dalla Vecchia, atualmente no ar em “Cara e Coragem”, da TV Globo, chamou a atenção no último ano ao assumir publicamente sua homossexualidade, além de expor sua família formada por ele, o marido, João Emanuel Carneiro, e o filho, Pedro, de três anos de idade.

Em entrevista ao “Conversa com Bial”, da TV Globo, o ator revelou detalhes de seu processo em se assumir e falar abertamente de sua sexualidade, e contou que uma fala homofóbica de um colega de infância (Antonio) acabou sendo um estopim.

“Meu melhor amigo de infância talvez tenha sido uma das pessoas que mais tenha me ajudado a querer falar que eu era gay. Foi a pessoa que talvez tenha me dado um ponto final para eu me manifestar”, contou o artista que está no elenco de “A Favorita”, em reprise no “Vale a Pena Ver de Novo”, da TV Globo.

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Apesar da proximidade, eles chegaram a se afastar devido ao comentário, e um ano depois, Antonio procurou Carmo: “Ele me ligou para pedir desculpas. Ele disse: ‘queria que você me perdoasse, queria que você soubesse que, se eu pudesse nascer de novo, gostaria de ser seu melhor amigo outra vez’”.

Infelizmente, o amigo chegou a morrer durante a pandemia, e isso fez com que Carmo Dalla Vecchia sentisse ainda mais vontade de se expressar livremente como era, garantindo que Antonio foi a pessoa que realmente o incentivou a falar abertamente da sexualidade.

MARCO PIGOSSI RELEMBRA DIFICULDADE EM ASSUMIR HOMOSSEXUALIDADE

Recentemente, Marco Pigossi deu uma entrevista para o Podcast “Calcinha Larga”, do Spotify, e relembrou do processo para se assumir homossexual e como isso o deixou mais seguro. Em dado momento, ele afirmou que, como ele não sofria nenhum tipo de preconceito, era confortável viver “dentro do armário”:

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“Eu nunca vou conseguir sentir o que a Erika Hilton (deputada trans) sentiu. Cada um tem o seu processo nesse lugar. Sempre usufruí desse ‘privilégio do armário’, as pessoas não sabiam. Me descobri gay muito cedo e veio uma fama muito grande para mim também, né? Eu era conhecido, mas tinha o peso da coisa do armário. E tinha a coisa do galã”, falou ele.

“Então, sair do armário, para mim, não era para minha mãe e para os meus amigos. Era para milhões e milhões de pessoas. Isso tomou uma proporção tão grande… E me escondi dentro desse privilégio, dentro desse armário, por muitos anos porque eu não tinha condição, tinha muito pânico de qualquer coisa acontecer. E isso envolve a minha carreira também. Não é que ‘ai, vou sair do armário mas ali no meu escritório de advocacia ninguém sabe’, entende? Era uma coisa que era nacional”, concluiu o ator.

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