Daniel Radcliffe rebate comentário polêmico de J.K. Rowling

Recentemente, J.K. Rowling se tornou pessoa non-grata entre a população LGBTQIA+. A autora da saga Harry Potter – um dos maiores sucessos da literatura e cinema no mundo – afirmou que “Mulheres trans não são mulheres”. Sua fala se tornou uma polêmica entre os fãs da série, que até criaram um movimento de boicote.

Agora, Daniel Radcliffe, intérprete do bruxo Harry Potter nos filmes se manifestou contrário à autora. Em entrevista publicada ao IndieWire publicada nesta terça-feira, 1º de novembro, ele reflete sobre sua reação à fala de Rowling.

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Durante a conversa com o site, ele lembra a fala da autora da saga, que desprezou pessoas transexuais e discordou veementemente dela. Tudo isso aconteceu em 2020 e a reação de Radcliffe foi imediata naquele momento. O ator escreveu uma carta em apoio às pessoas queer e trans, publicada no “The Trevor Project”. Para ele, foi algo necessário:

Eu precisava dizer algo quando o fiz, porque, particularmente, desde que terminamos Harry Potter, eu encontrei tantas crianças e jovens queer e trans que tiveram uma imensa identificação com Potter naquele momento”

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Daniel ainda detalha o sofrimento dos fãs transexuais de Harry Potter, que seguiam, apoiavam e divulgavam o trabalho da autora – que mais de dez anos após o lançamento do último filme, ainda é um sucesso.

“Quando vi como elas se machucaram naquele dia, queria que soubessem que nem todo mundo da franquia pensava da mesma maneira – e isso foi muito importante”, seguiu o artista.

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Por fim, o intérprete do bruxinho mais famosos do mundo explica todo o trabalho feito em parceria com o projeto. Ele reflete a respeito de sua obrigação moral em ter um posicionamento a respeito do tema e rebater a fala de J.K. Rowling.

“Foi muito importante ter trabalhado com o Trevor Project por mais de dez anos. Eu não teria como me olhar no espelho se não tivesse dito nada. Mas, não cabe a mim adivinhar o que está na cabeça de uma pessoa”, concluiu.

J.K. Rowling chegou a dizer, em 2020, que “mulheres transexuais não são mulheres”. O fato se tornou uma polêmica mundial na luta por direitos da população transexual em todo o mundo, afinal, a autora tem voz em diversos países e organizações. Boicotes, protestos e muitas críticas chegaram logo após as afirmações da autora.

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