6 anos da morte de Marcelo Rezende: Relembre acusação de erro médico

O 16 de setembro de 2023 chegou e com ele os 6 anos da morte de um dos maiores jornalistas do Brasil: Marcelo Rezende. O comunicador nos deixou aos 65 após sofrer uma falência múltipla de órgãos em decorrência de um câncer de pâncreas e fígado.

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Rezende estava internado no Hospital Moriah, em Moema, São Paulo. Em nota o hospital comunicou o falecimento: “Com profundo pesar, comunicamos o falecimento do jornalista e apresentador Marcelo Rezende, 65 anos, às 17h45min, no dia 16 de setembro de 2017, no Hospital Moriah, em São Paulo”.

Início da doença

Foi no começo de 2017 que Marcelo descobriu o câncer no pâncreas com metástase no fígado. Ele se afastou do comando do programa Cidade Alerta, da TV Record, para fazer o tratamento. Meses depois, ele deixou a quimioterapia e se dedicou a um tratamento alternativo. 

Geraldo Luís denuncia médico

Geraldo Luís revelou que o tratamento alternativo que o médico prescreveu a Rezende, não surtia efeito enquanto ele fazia a quimioterapia e só causou a piora do quadro de saúde. Geraldo estava participando do quadro “Pra Quem Você Tira o Chapéu”, no “Programa Raul Gil“, do SBT e não tirou o chapéu para o profissional da saúde.

“Esse homem quando o Marcelo Rezende falou assim: ‘Me leva até essa pessoa aqui’ (mostrando o chapéu ainda virado). Eu falei: ‘Marcelo, para quê?’. Já tinha começado a quimioterapia, levei ele até o apartamento dessa pessoa, onde estava ele e a esposa. Com essas palavras, ele disse: ‘Se você continuar fazendo o tratamento dessa forma, a quimioterapia, em três meses o senhor está morto’. O senhor falou ou não falou? Imagina para o Marcelo. Ok, a escolha é minha da forma de morrer. Se eu quero fazer quimioterapia ou se eu quero fazer um tratamento alternativo, o Marcelo escolheu. Ele saiu do apartamento deste homem com a promessa de vida.”

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Ao virar o chapéu, Geraldo revelou o nome do médico e falou sobre a opção escolhida por Rezende: “Quando eu não tiro o chapéu para o senhor, o senhor entende muito bem do refrigerante que faz mal, mas, a partir do momento que o senhor falou do tratamento alternativo, Marcelo e eu nos internamos num hospital secreto que o médico tinha em Ribeirão Preto. Lá começou a dar um monte de coisa para ele, pílulas que a gente não sabia o que tomava. Eu junto com Marcelo. ‘Marcelo e a quimio?’. Ele falou ‘eu vou falar com a família, eu vou falar com Dr Albertinho’, que hoje entendeu que não fui eu nem Lu Lacerda que fizemos a cabeça do Marcelo para não fazer o tratamento da quimio. Quem mandava no Marcelo Rezende? Ele escolheu o outro médico, que prometeu a ele a cura”.

Marcelo Rezende só piorava, segundo Geraldo: “O médico prometeu para ele a cura. Nos últimos dias de vida, a situação ficou pior, ele começou a sentir dor, pediu morfina. A Lu foi pra Miami, comprar os medicamentos que ele dizia que melhorava. (…) Marcelo começou a inchar, ficou tão inchado que parecia que a perna e barriga dele iam explodir. Liguei para o médico num sábado e falei que ele estava piorando e não estava funcionando o tratamento. Ele: ‘Coloca ele numa banheira cheia de sal grosso’. No outro dia ele piorou. Liguei para o doutor e disse que, se ele não fosse lá naquele momento, eu ia chamar a polícia, o Celso Russomanno…”

De acordo com Geraldo Luís, o médico foi até o hospital ver Marcelo e teria afirmado que o estado era normal, por conta do tratamento alternativo.

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“Quando chegou lá, junto com a esposa dele, olhou ele e disse que era normal do tratamento. Falei para o Marcelo para ir ao hospital, no outro dia piorou ainda mais e foi para o hospital, foi a única vez que o Marcelo gritar de dor. Eu vi meu amigo um dia e no outro dia ele fechou os olhos”, afirmou o jornalista.

“O senhor prometeu a cura, então devia ter falado para ele que não dava mais, levar para o hospital, que não funcionou o tratamento. O senhor não poderia ter prometido o que o senhor jamais cumpriu ou jamais vai cumprir com esse tipo de tratamento que não funciona”, finalizou.

Carreira

Marcelo Rezende começou sua carreira como repórter esportivo nos anos 1970 do Jornal dos Sports. Ao longo de sua carreira trabalhou em O Globo, revista Placar e chegou à TV em 1987. Na Globo se destacou na apresentação do programa Linha Direta. Trabalhou também na Band e Rede TV. Atualmente, fazia parte da Record TV.

Preta Gil

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