Amigos dão adeus a Pedro Paulo Rangel em Missa de 7º Dia
Por Redação - 29/12/22 às 19:35
Aconteceu na tarde desta quinta-feira, 29 de dezembro, a Missa de Sétimo Dia de Pedro Paulo Rangel. O ator morreu vítima de DPOC. Com mais de 50 anos de carreira dedicadas à televisão e ao teatro, a despedida movimentou artistas em todo o Brasil.
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A última cerimônia para o artista aconteceu na Igreja Nossa Senhora de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. A atriz Stella Freitas marcou presença na despedida, assim como outros amigos. Maurício Benelis Filho, amigo próximo de Pedro Paulo, que o acompanhou em seus últimos momentos, fez um discurso.
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TRAJETÓRIA E MORTE
Pedro Paulo Rangel morreu aos 74 anos, no fim da madrugada da quarta-feira, 21 de dezembro. O ator estava internado em um clínica no Rio de Janeiro tratando de um quadro de enfisema pulmonar.
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Em pouco mais de 50 anos de carreira, Pedro Paulo mostrou toda sua versatilidade. De “TV Pirata” a “Belíssima”, o ator deixa papéis memoráveis, como o icônico Calixto de “O Cravo e a Rosa”, Adamastor, de “Pedra Sobre Pedra” e tantos outros.
Pedro Paulo Rangel veio da safra de atores da extinta TV Tupi, bem no início da década de 1970. Seu primeiro papel de destaque na Globo foi em “Gabriela”, novela adaptada do romance “Gabriela Cravo e Canela”, de Jorge Amado, e na pele do personagem Juca Viana. O visibilidade aconteceu por ele ter protagonizado o primeiro nu masculino da televisão brasileira.
Em 1976, em “Saramadaia”, Pedro Paulo ganhou seu primeiro papel de vilão. Ele interpretou Dirceu, um jovem que se apaixona por Dulce (Teresa Cristina Arnaud), mas que, por serem de famílias rivais, viveram um amor à lá Romeu e Julieta.
No começo da década de 1980, o ator recebeu um convite para participar de algumas esquetes de “Viva o Gordo”, de Jô Soares. O humor, já enraizado em Pedro Paulo, deu a ele a oportunidade de entrar para a trupe da “TV Pirata”.
Em 1992, veio o grande desafio. Em “Pedra Sobre Pedra”, na pele de Adamastor, Pedro Paulo viveu um personagem homossexual, algo não muito comum na época na dramaturgia.
Em 2000, Pedro Paulo novamente conquistou o público com o icônico caipira Calixto, de “O Cravo e a Rosa”. Na trama, ele atuou junto com Du Moscovis (o Petrúchio) e Suely Franco (a Dona Mimosa). O romance entre os personagens (Calixto e Mimosa) costumava arrancar risadas do público.
A versatilidade de viver todo e qualquer papel pôde ser comprovada em “Belíssima”. Na trama de Silvio de Abreu, Pedro Paulo deu vida a Argemiro Falcão, o Gigi, irmão da vilã Bia Falcão (Fernanda Montenegro).
O último trabalho do ator em novela aconteceu em 2012, em “Amor Eterno Amor”, da Globo. Na trama ele deu vida ao personagem Zé da Carmem, pai de Valéria (Andréia Horta), protagonista e a moça mais desejada da Ilha.
Pedro Paulo também atuou no cinema e no teatro. Em depoimento ao Memória Globo, o ator falou sobre as dificuldades no início da carreira, como a inibição que tinha e precisou vencer ao longo dos anos.
“[No início da carreira na televisão] Eu pegava aquele monte de texto para decorar e fazia muito esforço, lutando contra a minha inibição. Na televisão, só muito tempo depois que eu desenvolvi algum relacionamento com a câmera”, começou.
“O teatro te dá um tempo maior para você elaborar as coisas. (…) Só quando eu fui fazer a ‘TV Pirata’, isso muitos anos depois, com a obrigação de fazer cinco, seis tipos diferentes por dia, é que me deu um relaxamento, no sentido amplo mesmo da palavra, para poder lidar bem com o ritmo da televisão”, acrescentou.
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