Andreas Kisser sobre morte da mulher: ‘Ela se despedia das pessoas’

Uma triste notícia em julho abalou todo o Brasil: Patrícia Kisser, esposa de Andreas Kisser, morreu vítima de um câncer de cólon. Desde então, sua memória tem ficado viva e seu legado mantido pela família e amigos, principalmente pelo marido, que é integrante do Sepultura.

No “Conversa com Bial”, da TV Globo, de quarta-feira, 21 de setembro, o rockeiro homenageou a amada e relembrou seus últimos dias de vida: “Os últimos dias dela foram muito difíceis. A Patrícia estava consciente até o fim”.

“O caso dela era um caso clássico de eutanásia. Se nós tivéssemos isso na lei brasileira, legalmente, poderíamos ter usado no caso dela. Ela não aguentava mais, o corpo não funcionava mais, irreversível, com dor”, afirmou ele.

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Andreas ainda revelou ter aprendido que conheceu processos para diminuir a dor de um paciente em estágio terminal, e que vê necessidade de se conversar sobre a morte ainda em vida.

“O mais importante é a gente falar o processo que passamos como família. Comecei a entender mais sobre o processo paliativo, eutanásia, subsídio assistido, tudo isso que a gente, infelizmente, não fala durante a vida”, falou.

Segundo Kisser, Patrícia sempre falava do assunto: “Ela falava que quando morresse ela não queria ser colocada em um caixão sem travesseiro, sem cobertor. Pedia uma meinha no pé e ela sempre brincava com isso. ‘Quero ser cremada e colocada em uma garrafinha tipo ‘Jeannie é um Gênio’ para ficar de olho em vocês’”.

“Fizemos tudo isso. Não houve conflito entre os familiares. Todo mundo sabia o que ela queria porque ela sempre falava disso. Quando aconteceu, estava todo mundo preparado para isso e eu percebi que isso falta no dia a dia das pessoas”.

SE DESPEDINDO DEIFNITIVAMENTE

Por fim, Andreas Kisser descreveu como Patrícia Kisser escolheu se despedir de todos os seus amigos e familiares, e que se sentiu emocionando ao ver a influência da esposa em tantas pessoas que considera importante.

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“O processo dela nos últimos dias deu tempo de muita gente ir lá se despedir. Gente que estudou com ela no pré, pessoas que trabalharam. Até desafetos, coisas que a gente tem na vida”, declarou ele.

“E ela se despedia das pessoas porque estava completamente consciente. Ela via as pessoas, conversava, lembrava de pessoas que não via há anos. Ela estava muito consciente da situação dela”, concluiu.

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