Edson Café, ex-Raça Negra, morre após anos de luta contra o vício

Por - 06/06/2025 - 07:00

Morre Edson CaféEdson Café fez parte da fase de ouro do Raça Negra - Foto: Reprodução/ Youtube

Edson Café, ex-violonista do grupo Raça Negra, foi encontrado inconsciente em uma calçada de São Paulo, no último dia 1º de junho. O músico de 75 anos, que vivia em situação de rua, recebeu socorro da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Carrão.

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Em seguida, acabou transferido ao Hospital Municipal do Tatuapé, onde morreu pouco depois. Não se sabe oficialmente a causa da morte.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado, permanecem as investigações sobre o que ocorreu antes do resgate. Familiares fizeram o reconhecimento do corpo no Instituto Médico Legal (IML), localizado na zona leste da capital.

O episódio chocou fãs e antigos companheiros da banda, apesar de Café estar afastado do grupo havia mais de duas décadas. De acordo com a a assessoria do Raça Negra, Café não integrava mais a formação oficial da banda e não há informações sobre o que poderia ter contribuído para a morte repentina.

Café ficou entre a dependência química e o abandono

Nos últimos 10 anos, a trajetória de Edson Café ficou marcada por uma sequência de episódios trágicos. Após sofrer um derrame, o músico perdeu os movimentos dos braços. Com o agravamento da saúde e sem apoio estruturado, passou a viver nas ruas e enfrentou o vício em crack e maconha.

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Tentativas de recuperação não faltaram. Café esteve internado diversas vezes em clínicas de reabilitação. Em um desses momentos, chegou a mudar-se para o Rio de Janeiro, onde viveu com os filhos. No entanto, desentendimentos familiares o levaram de volta às ruas e à dependência química.

A ausência de suporte contínuo e o avanço do vício contribuíram para sua situação de vulnerabilidade extrema. “Edson não faz parte da banda há mais de 20 anos”, afirmou a assessoria do Raça Negra, ao ser procurada pela imprensa.

O caso de Edson Café escancara a realidade enfrentada por muitos artistas que, após o sucesso, acabam mergulhados no abandono e na invisibilidade.

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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino