Filha de MC Katia conta qual foi a última conversa com a cantora
Por Redação - 14/08/23 às 18:08
É muito triste os últimos acontecimentos envolvendo a MC Katia, que morreu aos 47 anos, no domingo, 13 de agosto, após complicações por conta de uma trombose e amputação da perna direita.
Nesta segunda-feira, 14 de agosto, o corpo da cantora foi velado e sepultado, no Cemitério São Francisco Xavier, no bairro do Caju, Rio de Janeiro, onde amigos e familiares estiveram presentes para a última homenagem à artista. Michelle Marques, filha única da funkeira, está inconsolável. Ela falou sobre os duros momentos vividos pela MC, que estava internada no Hospital Municipal Souza Aguiar, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
“Minha mãe lutou até o fim. Mas ela não queria sair do hospital daquele jeito. Ela não aceitou ter que amputar a perna e eu disse pra ela ‘mas mãe, a gente te ama’ e ela perguntava como ela ia andar sem a perna dela”, contou Michelle.
A moça revelou também que, infelizmente, após fazer uma vaquinha e receber apoio de muitos amigos, não conseguiu contar isso para a MC.
“A gente nem conseguiu contar pra minha mãe que tinha conseguido a metade do valor para o tratamento dela, porque depois que amputou a perna, ela piorou e foi intubada e depois morreu. É muita dor, eu não sei como vai ser sem ela. Ela tinha só uma filha, que sou eu e dois netos, que eram a vida dela. Quando ainda estava consciente no hospital ela pediu pra ver os netos. Mas a gente não conseguiu levar a tempo”, contou Michelle, segurando um retrato da mãe.
DA INTERNAÇÃO AO ÓBITO
- No dia 20 de junho, MC Katia explicou o motivo de estar afastada das redes: estava passando por difíceis problemas de saúde e financeiros
- Silvana Silva, mãe de Ludmilla, a vereadora Verônica Costa, apelidada de Mãe Loira, e a funkeira Pepita se uniram para ajudar, financeiramente a cantora
- MC Katia descobriu há um ano que tinha um um tumor no útero e, por causa disso, teve seus rins comprometidos e também estava impossibilitada de andar
- Em junho, MC Katia passou por cirurgia para retirar um mioma que, segundo ela, pesava 5 quilos, no útero, no Hospital Souza Aguiar
- O tumor era benigno, mas trouxe complicações para a cantora
- Ainda se recuperando do procedimento, MC Katia informou que teria que amputar parte de um pé, pois estava com problemas de circulação e seu pé direito estava necrosado
- No dia 28 de julho, MC Katia amputou o pé direito. Ela afirmou na data que não tinha aceitado a amputação, mas que respeitava a opinião dos médicos
- MC Katia disse que o vício no cigarro foi o fator principal para a deixar naquele estado: a nicotina colou seus vasos sanguíneos e que o mioma gigante prendeu uma artéria, causando problemas de circulação e rins.
- Ela passou por hemodiálise: ficou apenas com um rim, sendo que o mesmo estava muito fraco
- No mesmo dia, ela recebeu a visita da amiga Veronica Costa, a Mãe Loira do Funk, que iniciou uma campanha para que parceiros de profissão e amigos se unissem para ajudar MC Katia
- No dia 09 de agosto, MC Katia amputou a perna direita, acima do joelho, por falta de curculação do sangue
- 12 de agosto: MC Katia recebeu a doação de uma prótese de perna, graças à generosidade de um centro de saúde da Zona Sul do Rio de Janeiro
- Ainda no sábado, Veronica Costa pediu orações para a MC, que não estava bem e sentia-se triste por não receber a visita ou ligação de amigos
- No domingo, 13 de agosto, MC Katia veio a óbito
- O corpo da funkeira teve velório seguido desepultamento no Cemitério do Caju, no Rio de Janeiro
SOBRE MC KÁTIA, A FIEL
A funkeira surgiu no cenário do funk no início dos anos 2000. Na época ela era mãe solteira e trabalhava como auxiliar de serviços gerais. Ao dar voz às mulheres de comunidades, a funkeira se projetou com o batidão “Ata Vai me Pegar”.
Em 2008, depois de emplacar a música “Cabeça pra Baixo”, a cantora sofreu um acidente e ficou três anos longe dos palcos. Depois, veio a depressão com o fim de um relacionamento.
Ela retomou a carreira no funk em 2020. No mesmo ano, participou do clipe “Rainha de Favela”, de Ludmilla, ao lado de outras pioneiras do funk carioca como Valesca Popozuda, MC Carol de Niterói e Tati Quebra Barraco.
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