Morre Miguel Ángel Russo, técnico campeão da Libertadores pelo Boca Juniors

O futebol sul-americano perdeu um de seus nomes mais respeitados. Miguel Ángel Russo, técnico do Boca Juniors, morreu na quarta-feira, 9 de outubro, aos 69 anos, em casa, cercado pela família, conforme informou o jornal argentino Clarín. O treinador vinha em tratamento domiciliar após uma série de internações. De acordo com a publicação, sua morte decorreu de complicações de um câncer que havia superado em 2017, mas que acabou retornando.

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O Boca Juniors lamentou a perda com uma homenagem emocionante nas redes sociais. “O Club Atlético Boca Juniors anuncia o falecimento de Miguel Ángel Russo com profunda tristeza. Miguel deixa uma marca indelével em nossa instituição e sempre será um exemplo de alegria, carinho e dedicação. Estamos com sua família e entes queridos neste momento de luto. Adeus, querido Miguel.”

O clube também ofereceu à família o saguão da Bombonera, estádio símbolo do Boca, para a realização do velório. A cerimônia de despedida deve reunir torcedores bem como ex-jogadores em um último adeus ao treinador que marcou época.

Internações e últimos dias no comando do Boca

Russo vinha enfrentando problemas de saúde desde o início de setembro, quando foi internado por quase uma semana por causa de uma infecção urinária. Apesar dos cuidados constantes da equipe médica e do departamento de saúde do clube, seu quadro se agravou. Por recomendação médica, ele se afastou do comando técnico e ficou fora das duas últimas partidas da equipe, contra Defensa y Justicia e Newell’s Old Boys.

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Sua última aparição à beira do gramado aconteceu no dia 21 de setembro, no empate por 2 a 2 com o Central Córdoba, na Bombonera. Na partida seguinte, o Boca goleou o Newell’s por 5 a 0, e os jogadores dedicaram o resultado ao treinador. “Dedicamos a vitória ao Russo. Ele é o líder do nosso grupo e não é um bom momento para ele passar por isso. Enviamos muito apoio a ele”, afirmou o capitão Leandro Paredes.

Da glória na Libertadores ao legado continental

Natural de Buenos Aires, Russo começou a carreira como jogador em 1975, no Estudiantes de La Plata, onde atuou como meio-campista até 1988. No entanto, foi como técnico que se consolidou como um dos grandes nomes do futebol argentino. Passou por clubes como por exemplo San Lorenzo, Vélez Sarsfield, Estudiantes e Racing antes de viver o auge da carreira no Boca Juniors.

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Em 2007, conquistou a Copa Libertadores da América ao comandar o time xeneize na vitória histórica sobre o Grêmio por 5 a 0 no placar agregado, resultado que entrou para a história do torneio. No comando do Boca, Russo ainda conquistou o Campeonato Argentino de 2019/20 e a Copa da Liga Argentina de 2020, além de campanhas marcantes em torneios internacionais.

Fora da Argentina, o treinador também dirigiu equipes tradicionais da América do Sul, como Cerro Porteño, Millonarios e Alianza Lima, além do Al-Nassr, da Arábia Saudita. Conhecido pelo estilo disciplinado e pela liderança tranquila, Miguel Ángel Russo construiu uma carreira respeitada dentro e fora dos campos, sendo lembrado por jogadores e torcedores como símbolo de superação, lealdade e amor ao futebol.