Morre William Friedkin, diretor do filme ‘O Exorcista’

Por - 08/08/23 às 07:28

William FriedkinO diretor estava em Los Angeles, nos Estados Unidos, e a causa do óbito ainda não foi divulgada - Foto: Reprodução/ Youtube

Vencedor do Oscar de Melhor Diretor, por “Operação França”, William Friedkin, morreu na segunda-feira, 07 de agosto, aos 87 anos, em Los Angeles, nos Estados Unidos, segundo sua esposa, Sherry Lansing, em comunicado à imprensa.

Aclamado mundialmente por clássicos como “O Comboio do Medo” (1977) e “Viver e Morrer em Los Angeles” (1986), ele marcou seu nome com a história de terror de “O Exorcista”(1973), levando um medo nunca antes experimentado por plateias de cinema ao redor do mundo.

Friedkin foi casado quatro vezes: com a célebre atriz francesa Jeanne Moreau, de 1977 a 1979; a atriz britânica Lesley-Anne Down, de 1982 a 1985; a jornalista de transmissão Kelly Lange de 1987 a 1990; e a produtora de cinema de Hollywood Sherry Lansing, com quem foi casado de 1991 até sua morte.

Ele deixa a mulher e dois filhos, Jackson e Cedric Friedkin.

CARREIRA PROMISSORA

O primeiro trabalho assinado por ele foi o documentário “The Bold Men”, em 1965. Mas foi “The Boys in the Band” (Os Rapazes da Banda), filme de 1970, considerado à frente de seu tempo ao explorar a homossexualidade na telona, que Friedkin iniciou uma era de ouro.

Em seu currículo estão ainda “Cruising”, de 1980, estrelado por Al Pacino, e “To Live and Die in L.A.” (Viver e Morrer em Los Angeles), de 1985, com Willem Dafoe.

Ele também dirigiu “Bug” (Possuídos), de 2006, com Ashley Judd, Michael Shannon e Harry Connick Jr., e “Rules of Engagement”,de 2000, com Tommy Lee Jones e Samuel L. Jackson.

O trabalho mais recente de Friedkin como diretor foi “The Devil and Father Amorth” (O Diabo e o Padre Amorth), de 2017. Ele também tinha um filme ainda a ser lançado — “The Caine Mutiny Court-Martial”, estrelado por Kiefer Sutherland, Jason Clarke e Jake Lacy.

O EXORCISTA MUDOU A HISTÓRIA DO CINEMA

O impacto duradouro de “O Exorcista”, baseado no romance de William Peter Blatty, pode ser confirmado pelo lançamento de um novo capítulo em outubro, quando o filme completará 50 anos.

A produção terá ainda o retorno de Ellen Burstyn, estrela do filme.

Friedkin disse uma vez que sua intenção original não era nem mesmo fazer um filme de terror com “O Exorcista”: “Reconheço que o público há gerações o considera um filme de terror. Não vou negar isso, mas, quando decidi fazê-lo, o roteirista e eu nunca tivemos a ideia de que fosse um filme de terror. Pensamos nisso como uma história poderosa, emocional e perturbadora”, observou.

“Aquele filme, antes de chegar a mim, foi recusado por Stanley Kubrick, Arthur Penn e Mike Nichols. Eu era o ‘último homem em pé’, e eles tomaram a decisão logo depois que ganhei o Oscar por ‘The French Connection’”, revelou.

Com “O Exorcista”, ele chegou a ser novamente indicado ao Oscar. O sucesso do filme desafiou o gênero, que acumulou dez indicações e duas estatuetas.

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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino