Silvio Santos tentou ser Presidente do Brasil. Saiba tudo!

Em 1989, com o Brasil recém-redemocratizado, Silvio Santos surpreendeu o país ao anunciar sua candidatura à Presidência da República. Faltando apenas 15 dias para as primeiras eleições diretas desde o fim do regime militar, o famoso apresentador decidiu entrar na disputa pelo Palácio do Planalto.

Morre Silvio Santos, aos 93 anos

Inicialmente, Silvio Santos – que morreu neste sábado, 17 de agosto, aos 93 anos – foi cotado para concorrer pelo PFL (atual DEM). No entanto, enfrentou resistência dentro do partido e optou por buscar espaço no PMB.

Armando Corrêa, então candidato oficial do PMB, cedeu sua vaga para o apresentador. O dono do SBT e Marcondes Gadelha formaram a chapa, e o pedido de registro foi feito apenas 11 dias antes das eleições. Naquela época, as cédulas eleitorais já estavam impressas com o nome de Corrêa, exigindo uma explicação especial aos eleitores.

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Silvio Santos gravou um vídeo em que descrevia como os eleitores deveriam proceder: “No dia das eleições, não haverá Silvio Santos na cédula. Vocês deverão colocar o X e marcar 26. Por favor, não escrevam na cédula porque anularão o voto”. Prometendo lutar pelo povo, Silvio pediu o apoio de seus fãs.

O impacto da candidatura de Silvio Santos na política

A entrada do apresentador na corrida presidencial agitou o cenário político. Pesquisas de opinião indicavam que ele havia tirado votos de candidatos como Fernando Collor, Luiz Inácio Lula da Silva e Leonel Brizola. Um levantamento da Gallup, de 2 de novembro de 1988, mostrou que Silvio estava à frente dos principais concorrentes.

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Apesar do impacto inicial, a campanha de Silvio Santos durou apenas 23 dias. Isso porque o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) impugnou sua candidatura após 18 pedidos, alegando que a sigla não havia cumprido a Lei Eleitoral.

Dessa forma, a breve jornada de Silvio Santos na política chegou ao fim, e ele voltou a se dedicar aos seus programas de auditório.

Mesmo sem conquistar o cargo mais alto do país, Silvio continuou a manter boas relações com os governantes de diferentes regimes, sempre fiel ao seu estilo.