Sinéad O’Connor: Foto do Papa rasgada, vítima de abuso sexual e sucesso além de Nothing Compares 2 U

Por - 27/07/23 às 17:00

Fotomontagem Sinéad O'ConnorFotomontagem: Reprodução YouTube/Reprodução Instagram/Reprodução de TV

Sinéad Marie Bernadette O’Connor, de nome artístico Sinéad O’Connor, nasceu no dia 8 de dezembro de 1966, em Dublin, Irlanda. Era filha de Sean O’Conner, engenheiro que depois se tornou advogado e de Marie O’Connor. Tinha 4 irmãos.

A moça, que tinha como marca registrada a cabeça raspada, marcou a vida de muita gente com suas canções, mas muitos acham que ela era apenas a dona do sucesso “Nothing Compares 2 U”. Mas ela era muito mais. Sinônimo de rebeldia por muitas vezes, depressiva e com uma vida conturbada, O’Connor passou por momentos difíceis, como a morte do filho, abusos na infância e tentativa de suicídio.

Protesto à igreja católica

Sinéad O’Connor rasgou a foto do Papa João Paulo II, como forma de protesto aos abusos sexuais cometidos por membros da Igreja Católica. Isso aconteceu em 1992, quando ela cantava “War”, de Bob Marley, no famoso “Saturday Night Live”, um dos programas de auditório mais populares do Estados Unidos. Naquele momento, ela trocou a palavra “racismo” por “abuso infantil”, rasgando a foto do religioso e falando que aquilo era sobre “lutar contra o verdadeiro inimigo”.

Sinéad O'Connor rasgando a foto do Papa João Paulo II
Sinéad O’Connor rasgando a foto do Papa João Paulo II – Foto: Reprodução

“Muitas pessoas não entenderam o protesto. Eu sabia que minha ação poderia causar problemas, mas eu queria forçar uma conversa onde houve a necessidade de uma. Tudo o que eu lamentava era que as pessoas supunham que eu não acreditava em Deus. Esse não é o caso. Sou católica de nascimento e seria a primeira à ir na porta da igreja se o Vaticano oferecesse reconciliação sincera”, disse ela na atração.

Conversão ao islamismo e mudança de nome

Depois disso, a cantora se converteu ao islã e anunciou sua mudança de nome. “Minha decisão foi a conclusão natural de qualquer caminho teológico inteligente. Agradeço aos muçulmanor por minha acolhida”, disse na época, quando adotou o nome de Shuhada Sadaqat.

“Isso é para anunciar que estou orgulhosa de ter me tornado muçulmana. Essa é a conclusão natural da jornada de qualquer inteligente teólogo. Todo o estudo de escrituras leva ao islamismo. O que faz das outras escrituras redundantes. Eu terei um novo nome que será Shuhada”, escreveu.

Antes da conversão ao islamismo, ela já tinha feito uma outra alteração de nome, em 2017, quando passou a se chamar Magda Davitt.

Sinéad O'Connor convertida ao islamismo
Foto: Reprodução Instagram

Abusos na infância

Ao participar do programa Dr. Phil, Sinéad revelou que sempre teve um relacionamento conturbado com a mãe, que abusou física e sexualmente dela na infância. Quando questionada sobre o que gostava da mãe, ela foi direta: “O que eu mais amo de minha mãe é que ela está morta. Ela tinha uma câmara de tortura. Ela era uma pessoa que sentia prazer em me ferir.”

Tentativa de suicídio

Sinéad O’Connor usou as redes sociais, logo depois da morte do filho, Shane, de 17 anos, em janeiro de 2022, com um texto que sugeria uma tentativa de suicídio. Ela contou na época que precisou ser internada em um hospital após ter pensamentos suicidas.

“Resolvi seguir meu filho. Não adianta viver sem ele. Tudo que eu toco, eu estrago. Eu só fiquei para ele. E agora ele se foi. Eu destruí minha família. Meus filhos não querem me conhecer. Eu sou uma pessoa de merda. E todos vocês só pensam que sou legal porque posso cantar. Eu não sou. Eu sou um pedaço de merda. Eu não mereço viver e todos que me conhecem estarão melhor sem mim. Lamento todo o mal que causei”, escreveu.

Em outro momento, Sinéad voltou a escrever, dizendo que estava a caminho do hospital. “Eu sinto muito. Eu não deveria ter dito isso. Estou com a polícia agora a caminho do hospital. Lamento ter chateado a todos. Estou perdida sem meu filho e me odeio. O hospital vai ajudar um pouco. Mas eu vou encontrar Shane. Isso é apenas um atraso.”

Gay, hétero ou meio a meio?

Sinéad O'Connor com a mão atrás da orelha
Foto: Reprodução Instagram

Em 2000, quando tinha 33 anos, Sinéad afirmou ser lésbica. Naquele momento, na revista “Curve” (voltada ao público lésbico cibernético, nos EUA), apareceu a declaração da cantora: “Durante a maior parte de minha vida sai com homens porque não me sentia, necessariamente, muito segura de ser lésbica”.

Já o ano de 2005 ela disse ser “Três quartos heterossexual e um quarto gay”. Seis anos depois, se revelou frustrada sexualmente, em uma série de posts em seu Twitter: “Estou em meu auge sexual e bonita demais para estar vivendo como uma freira. E isso é muito deprimente.”

Sucessos

Foram 30 anos de carreira, 10 álbuns de estúdio. Com sua voz doce e colocando rebeldia em algumas letras de música, Sinéad O’Connor chegou às rádios em 1987, com o primeiro disco, “The Lion and the Cobra”, que dedicou à mãe que morreu um tempo antes. Ali, teve muita visibilidade, mas o sucesso mundial veio mesmo com “I Do Not Want What I Haven’t Got”, seu segundo trabalho, lançado em 1990.

A canção “Nothing Compares 2 U”, composta originalmente por Prince, levou o álbum da cantora ao topo dos mais vendidos em vários países e rendeu a ela diversos prêmios. No ano de 1990 participou de um show que originou o DVD eu origem ao DVD “The Wall Live in Berlin”, de Roger Waters, onde cantou “Mother”.

Teve seu nome na “Billboard Hot 100”, lista semanal dos EUA das músicas mais reproduzidas, por várias vezes. Sua última produção foi ”I’m Not Bossy, I’m the Boss”, em 2014.

“Nothing Compares 2U”

A musica “Nothing Compares 2U” chegou aos ouvidos do mundo em 31 de março de 1990, no álbum “I Do Not Want What I Haven’t Got”. Marcou – e marca até hoje – a carreira da cantora. Ficou por quatro semanas no topo da “Billboard Hot 100” e encabeçou o “Top 100” das mais ouvidas por 13 semanas. Foi indicada a vários Grammys e deu à Sinéad os títulos de “Vídeo do ano da MTV” e “Melhor vídeo de uma artista feminina.

“The Emperor’s New Clothes

“The Emperor’s New Clothes” foi lançada no ano de 1990 e está no segundo álbum de estúdio. ela também alcançou ótimos números, ocupando a primeira posição na Bilboard Hot 100. A canção também ficou 15 semanas no topo das paradas.

Drink Before the War


Drink Before the War – Esta música representa a principal revolta da artista com as guerras, ponto marcante durante toda a sua carreira.

“Jump in the River”

“Jump in the River” está também no segundo álbum que levou O’Connor explodir na música, “I Do Not Want What I Haven’t Got” (1990). Atingiu milhões de pessoas, expondo seus sentimentos verdadeiros e este foi o primeiro single do disco.

Siga OFuxico no Google News e receba alertas das principais notícias sobre famosos, novelas, séries, entretenimento e mais!

Tags: ,,

Pioneiro no Brasil em cobertura de entretenimento, famosos, televisão e estilo de vida, em 24 anos de história OFuxico segue princípios editoriais norteados por valores que definem a prática do bom jornalismo. Especializado em assuntos do entretenimento, celebridades, televisão, novelas e séries, música, cinema, teatro e artes cênicas em geral, cultura pop, moda, estilo de vida, entre outros.