Shakira diz que música sobre traição se tornou ‘hino para as mulheres’

Shakira e Bizarrap foram entrevistados esta semana no programa de Jimmy Fallon, em Nova York, onde falaram sobre o sucesso de sua canção “BZRP Music Sessions Vol. 53”, e o que a música representou para tantas mulheres que de alguma forma viram suas histórias refletidas na letra.

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Shakira comentou para Fallon que não esperava uma reação tão surpreendente ao redor do mundo, e considera que o tema se converteu em uma espécie de ‘hino para as mulheres’.

“A coisa com essa música é que ela se tornou uma espécie de hino para tantas mulheres. Tive um ano muito difícil depois da minha separação. E escrever essa música foi muito importante para mim. Tem sido uma maneira saudável de canalizar minha emoções”, explicou.

“Esta é uma irmandade de mulheres que passaram pelas mesmas coisas que eu, que pensam como eu penso, que sentem o que eu sinto, que tiveram que aguentar tanta merd* quanto eu”, justificou a cantora.

“Escrevi a música para mim, mas também sinto que foi feita para tantas mulheres que também precisavam de um fórum e uma voz para representá-las”, acrescentou.

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CUTUCADA

Shakira entregou o ‘jogo sujo’ de Gerard Piqué em suas mais recentes músicas, mas agora ela fala pela primeira vez sobre os momentos tão difíceis que enfrentou ao conhecer a deslealdade do pai de seus filhos, em uma nova entrevista que vai ao ar na televisão mexicana, onde sentou com o jornalista Enrique Acevedo.

A cantora colombiana revelou na conversa, seu lado mais vulnerável, expondo como a separação a afetou, mexendo com suas inseguranças.

Shakira afirma que a traição que sofreu ‘afetou sua ideia de amor’, mas finalmente aprendeu que ela é suficiente e entendeu que ela tinha essa ideia errada de que um homem a completaria.

“Comprei aquela história de que a mulher precisa de um homem para se completar, precisa de uma família… também tinha aquele sonho de ter uma família em que os filhos tenham pai e mãe debaixo do mesmo teto, mas nem todo sonho na vida é cumprida, e você encontra uma maneira de se compensar de alguma forma e acho que comigo aconteceu isso, com essas duas crianças maravilhosas que me enchem de amor todos os dias”, disse Shakira.

A artista assegura que suas músicas, principalmente a que fez com Bizarrap, Music Sessions #53, foi uma importante ajuda para se libertar da dor e sarar o coração, e ao mesmo tempo conseguiu representar as mulheres que passam por uma situação semelhante.

“Através das minhas canções sempre senti que posso, que tenho o dever de usar minha voz e emprestá-la a quem não pode falar. Percebi que a mulher está em um momento chave para a sociedade… estamos em um momento em que o apoio que podemos receber umas das outras é muito relevante”, justificou.

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A cantora agradeceu ao produtor argentino Bizarrap pela oportunidade de desabafar e ‘sanar a dor’:

“Acho que alguém tinha que tirar uma foto do dia em que trabalhei na sessão 53 com o Bizarrap, um antes e depois. Entrei no estúdio de uma forma e saí de outra e é uma das coisas que mais agradeço ao Biza por me dar esse espaço, essa oportunidade de desabafar. E sim, foi um grande alívio, necessário também para minha própria cura, para meu próprio processo de recuperação”, disse a intérprete.

Ela sabe que o tema causou polêmica, porque não só expôs a traição de Piqué, como envolveu até a ex-sogra.

Em um momento de vulnerabilidade, Shakira comentou que sempre foi bastante dependente emocionalmente do ex, porém a dor que ele lhe causou só lhe ajudou a perceber que ela sozinha é suficiente.

A cantora agradeceu o apoio incondicional de seus seguidores por apoiá-la nesse momento tão complicado:

“Quando eu estava no chão, e fiquei muito tempo no chão, eles me deram força e coragem para levantar e dizer: ‘estou pronta para a próxima rodada, deixe a vida vir e me mostre o que mais está aí.”.

Shakira ainda mandou um recado para a namorada de Piqué, Clara Chía:

“Madeleine Albright [ex-secretária de Estado dos Estados Unidos] tem uma frase que adoro, que diz ‘há um lugar no inferno reservado para aquelas mulheres que não apoiam as outras’. Sim, concordo plenamente”, disse a Acevedo.

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