‘A Lua me Disse’ chega ao Globoplay com alerta sobre racismo na trama. Entenda!

Os tempos são outros e com o crescimento de audiência nas plataformas de streaming os cuidados também são outros. Em especial, no Globoplay.

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Com um catálogo extenso de produções de dramaturgia, a plataforma criou um novo aviso de conteúdo na segunda-feira, 31 de julho. Na ocasião, ficou disponível a novela “A Lua me Disse”, que foi ao ar originalmente na Globo em 2005.

Escrita por Miguel Falabella, a novela – já na época – gerou polêmica em virtude da maneira como Latoya e Whitney, vividas por Zezeh Barbosa e Mary Sheyla, eram tratadas.

Negras, ambas renegavam a afro-descendência e, além de alisar e clarear os cabelos, usavam pregadores de roupa no nariz para afinar seus traços negróides.

Na época, não faltaram acusações de racismo à trama. Agora, na abertura de cada capítulo disponibilizado no Globoplay, o assinante é notificado que a produção tem representações raciais.

“Essa obra pode conter representações negativas e estereótipos da época em que foi realizada”, diz o novo aviso criado pela Globo. “A obra é exibida na íntegra porque acreditamos que essas cenas podem contribuir para o debate sobre um futuro mais diverso e inclusivo”, destaca o informe.

Vale lembrar que “A Lua Me Disse” teve ainda a Índia, papel da atriz Bumba. A personagem, uma idosa indígena, era humilhada diversas vezes no trabalho de empregada doméstica. Na época, o Ministério Público recomendou que as cenas não fossem exibidas, por expor a personagem a cenários de constrangimento e degradação humana.

GLOBOPLAY FEZ ALERTA EM OUTRAS PRODUÇÕES

Há cerca de dois anos, o Globoplay destinado um olhar mais atento a questões coo essa. Ao disponibilizar a novela “Dancin’ Days” (1978), a plataforma de streaming também destacou um informe: “Esta obra reproduz comportamentos e costumes da época em que foi realizada”, destacou.

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O mesmo alerta havia sido usado no canal Viva, ao reexibir a novela “Da Cor do Pecado” (2004), em novembro de 2021.

De acordo com a assessoria do Globoplay, a mudança é uma atualização do informe, que funciona como notificação ao público e defesa da exibição dos programas em seu formato original.

“A plataforma não só investe na melhoria da resolução deste material, como também entende que ele deve ser resgatado em sua integralidade, sempre que possível”, escrevem representantes do Globoplay. “Cartelas de contexto de época são utilizadas para lembrar que as obras de acervo reproduzem costumes e comportamentos do tempo em que foram realizadas.”

A Disney também usa um informe do tipo para notificar usuários do Disney+ sobre filmes do serviço com representações estereotipadas.

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