Amal Clooney afirma ter sido ameaçada de prisão no Egito

Amal Clooney, mulher de George Clooney, afirmou ter sido ameaçada de prisão pelas autoridades do Egito quando estava prestes a publicar um relatório crítico sobre o sistema judicial do país.

 

A entrevista foi publicada neste sábado (3) no jornal britânico The Guardian. O motivo da perseguição é que a advogada se tornou a representante legal de um dos três jornalistas da Al-Jazeera detidos no Cairo há um ano.

 

“No momento do lançamento deste relatório, em fevereiro, eles começaram a nos impedir de fazê-lo no Cairo. Perguntaram: ‘o relatório critica o exército, o sistema judiciário ou o Governo?’, e nós respondemos: ‘Sim’. ‘Então nesse caso, vocês se arriscam a serem presos’, foi o que nos disseram”, detalhou.

 

Ela comentou o fato da Justiça egípcia ordenar um novo julgamento para os três profissionais. Condenados a penas entre sete e dez anos de prisão, Mohamed Fadel Fahmy, defendido por Amal, Peter Greste e Mohamed Baher são acusados de apoiar a irmandade islamista dos Irmãos Muçulmanos.

 

De acordo com Amal, os três são vítimas de um sistema em que os juízes são nomeados pelo próprio governo. Ela agora se detém em uma outra lei, na qual acredita que seu cliente possa ser solto e expulso do país.

 

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