André Di Mauro consegue humanizar seu personagem em Balacobaco

Por - 31/03/13 às 12:00

Jorge Rodrigues Jorge/ Carta Z Notícias.

André Di Mauro se diverte com seu personagem em Balacobaco. Depois que entrou na trama, o vilão Arnaud movimentou a novela, que ganhou um fôlego providencial em suspense e cenas de emoção. Apesar de interpretar um assassino, André comemora a chance de poder humanizar o personagem.

"Ninguém é totalmente bom ou mau. Desde o início, eu tentei humanizá-lo ao máximo. Achar os pontos fracos, os pontos de emoção para não ficar naquela coisa chapada de mau", conta. Diante da obsessiva mania de limpeza e do medo de baratas de Arnaud, o ator conseguiu transformá-lo em um curioso personagem.

O destino do vilão também gera curiosidade. Depois de assassinar tanta gente, a morte é um fim até provável. Antes de cada disparo, o matador costuma ter uma conversa em sua cabeça com a mãe, já falecida.

"Em muitas dessas conversas, ele acaba falando: 'Quando eu chegar aí em cima, vou me desculpar, a gente vai se encontrar'", conta André, admitindo a ironia de um personagem assassino se referir ao Céu como destino após a vida.

Mas, se o objetivo for fazer o vilão pagar pelos pecados, André já imagina qual será o desfecho. Graças aos medos e fragilidades, Arnaud pode acabar em uma cela bem suja, infestada de insetos.

"Ele iria ficar bem louco, seria pior do que a morte", acredita.

Arnaud entrou no decorrer da trama e se tornou um personagem marcante em Balacobaco. Mas esta não é a primeira vez que André consegue destaque com menos tempo em cena. Ele conta que, até hoje, é reconhecido nas ruas por conta do personagem Rodrigues, que interpretou em Tropa de Elite, de 2007.

"Era o cara da ONG, que no final é queimado vivo nos pneus. É impressionante porque é um personagem pequeno, mas a morte dele é um dos pontos mais marcantes. O filme teve uma repercussão absurda, que eu nunca vi no cinema", afirma.   

Perfil:
Nome: André Di Mauro.

Na tevê: Record e filmes.

Ao que não assiste na tevê: Transmissão obrigatória de programa político-partidário.

Nas horas livres: Ir ao cinema.

No cinema: Europa, de Lars Von Trier.

Livro: Capitães da Areia, de Jorge Amado.

Música: Rio – Oca de Todos Nós, do Tambor Carioca 

Prato predileto: Comida japonesa.

Mulher bonita: A atriz Liége Muller.

Homem bonito: Joubert Di Mauro, meu pai.

Cantor: Caetano Veloso.

Cantora: Patricia Mauro.

Ator: Paulo Cesar Grande.

Atriz: Cláudia Mauro.

Animal de estimação: Gostaria de ter meu companheiro de Vidas em Jogo, o cachorrinho Zé.

Escritor: Cristianne Fridman.

Programa de índio: Pagar contas no banco na primeira segunda-feira do mês.

Melhor viagem: De férias, na Europa.

Melhor Notícia: Baixaram os impostos e os juros no Brasil. 

Sinônimo de elegância: A simplicidade.

Gula: Torta de maçã.

Inveja: De um passarinho voando.

Ira: Covardia.

Luxria: Censurado.

Cobiça: Fiz acordo com meus olhos de não olhar com cobiça… (Jó 31:1). 

Preguiça: Dia de sol na praia.

Vaidade: Agradar a si mesmo é orgulho, aos demais, vaidade, de Paul Valéry.

Mania: De pesquisar tudo.

Filosofia de vida: Como já dizia minha amada avó: o importante é ser feliz!.

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