Antônio Fagundes: ‘Harmonia é essencial para uma relação’

Por - 03/10/20 às 07:00

Reprodução/Instagram

Se tem um nome que o Brasil inteiro conhece, com certeza é Antônio Fagundes, um dos maiores atores do país que está completando 54 anos de carreia em 2020.

Em entrevista à jornalista Alethéa Mantovani para a Revista Linha Aberta Magazine, o astro comentou sobre um panorama geral de sua trajetória, principalmente em relação ao início.

“Quando eu comecei a fazer teatro o mercado era bem menor, então eu acho que era mais difícil a pessoa se tornar ator porque a televisão ainda era incipiente. Eu comecei em 1966, quando a televisão mal tinha passado a primeira década e, portanto, não tinha um mercado muito grande. O cinema também estava engatinhando e para o teatro, por ter poucas companhias e poucos grupos trabalhando, se exigia aí um talento maior do que o requisitado hoje. Então, era complicado!”, afirmou ele.

“E, depois que a televisão começou a funcionar, ela foi buscar os profissionais no teatro, então você tinha que fazer teatro para fazer televisão, e para fazer televisão você tinha que ter feito algum sucesso, alguma coisa forte em teatro. Eu tenho a impressão que era mais difícil antigamente. Hoje você pode começar tranquilamente uma carreira de ator na televisão ou no cinema – este que tem um mercado maior do que tinha naquela época – e no próprio teatro, com muitos grupos e experiências”, completou, antes de contar mais detalhes de sua vida pré-fama.

“Eu comecei a fazer teatro muito pequenininho, com 10, 12 anos de idade e ainda não era ator profissional, mas já estava fazendo teatro estudantil, amador e infantil. Eu me profissionalizei com 16 para 17 anos, então nem deu tempo para pensar, quando eu vi já era ator, foi uma coisa que veio quase que espontaneamente. Como eu gostava muito de teatro como espectador, eu vi naquela época grandes atores de teatro como: Raul Cortez, Fauzi Arap, Eugênio Kusnet, Gianfrancesco Guarnieri, Myriam Muniz, Célia Helena, Yara Amaral, Dina Sfat… Então, eu vi essa turma que já estava fazendo teatro, pois eles eram de uma geração anterior à minha, jovens ainda, mas já grandes estrelas. E todos eles me inspiraram”, garantiu.

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Vida pessoal e projetos futuros

 

Em dado momento, Fagundes foi questionado se, por conta de sua fama, já teria sofrido assédio em algum lugar, o que revelou nunca ter acontecido. Em seguida, ele falou dos prazeres d avida.

“Os grandes prazeres da vida para mim são vários, por exemplo, eu gosto muito de viajar, de ler, de ver filmes, de ficar em casa, de passear com os meus filhos e de muita coisa boa”, declarou, antes de comentar sobre seu entrosamento com Alexandra Martins, com quem é casado desde 2016.

“Essa afinidade e esse entrosamento, tanto pessoal quanto profissional, é uma coisa muito importante para que uma relação dure e prospere. A harmonia é essencial para uma relação ser duradoura, com respeito e admiração. Aí a coisa vai embora… E isso é o que está acontecendo conosco. Graças a Deus!”, disse ele.

Por fim, ele detalhou os projetos que estão encaminhados, tanto os que forma pausados por conta da pandemia do novo coronavírus quanto os futuros.

“Eu tenho o espetáculo Baixa Terapia, que já estava em cartaz há 3 anos e iria fazer uma longa temporada no Rio de Janeiro a partir de maio. Nós estávamos de malas prontas quando a pandemia apareceu e ele foi suspenso. Mas, estamos prontinhos e, assim que pudermos nos reunir, o faremos novamente”.

“Em 2021, eu também vou lançar um livro que estou preparando. Eu fiz um podcast sobre leitura, o Clube do Livro do Fagundes, no Gshow, e ele tem 21 programas curtinhos, de 10 a 15 minutos, que falam sobre literatura. Esse podcast me deixou bem feliz, pois fez muito sucesso. Então, eu pretendo retomá-lo e fazer a segunda temporada. A gente estava começando também a preparar uma série para televisão e ainda há um longa-metragem que eu pretendo fazer assim que a pandemia acaba”, concluiu Antônio Fagundes.

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