Após mirar em Deolane e Gusttavo Lima, saiba os rumos da Operação Integration
Por Flavia Cirino - 26/09/24 às 07:51
A Operação Integration, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro relacionado a jogos ilegais, entrou em uma fase decisiva. Entre os vários envolvidos no caso, por exemplo, estão a influenciadora Deolane Bezerra, sua mãe Solange Bezerra e o cantor Gusttavo Lima.
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Após a conclusão do inquérito pela Polícia Civil, contudo, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) solicitou a devolução dos documentos, pedindo a realização de novas diligências e a substituição de prisões preventivas por outras medidas.
Na avaliação do professor Durval Lins, especialista em Direito Penal, as investigações devem continuar à medida que o MPPE detalhar as novas diligências necessárias.
“O opinativo do Ministério Público teve duas vertentes: uma referente à necessidade da prisão e outra à necessidade de complementar as informações do inquérito”, explicou ele ao G1.
A juíza Andréa Calado da Cruz, responsável pelo caso, já manteve algumas prisões decretadas, como a de Gusttavo Lima. Mas depois o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão reverteu a decisão, concedendo habeas corpus ao cantor.
Contexto das decisões judiciais
Durval Lins ressaltou que a complexidade do caso pode prolongar as investigações por até 120 dias.
“São valores muito vultosos, alguns desses valores esbarram em questões de sigilo, demandando uma atuação judicial prolongada”, afirmou.
De acordo com o especialista, esse prazo não está previsto em lei, mas é compreensível diante da magnitude das movimentações financeiras investigadas.
Desdobramentos recentes envolvendo Deolane Bezerra
O caso também gerou divergências entre as instâncias judiciais, especialmente no que se refere às prisões preventivas. A influenciadora Deolane Bezerra, por exemplo, ganhou destaque quando sua prisão teve revogação.
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“Foi uma prisão criminosa, cheia de abuso de autoridade”, afirmou Deolane, em carta publicada em suas redes sociais. O bloqueio de seus bens, incluindo carros de luxo e ativos financeiros, somam mais de R$ 20 milhões.
De acordo com a nota do MPPE, o inquérito ainda não apresenta todos os elementos necessários para que uma denúncia formal chegue à Justiça.
Por isso, o Ministério Público solicitou ao delegado responsável pela investigação que realize diligências complementares. Os detalhes ainda serão especificados e submetidos à juíza do caso, Andréa Calado Cruz, da 12ª Vara Criminal de Recife. A partir daí, caberá à Polícia Civil do estado dar seguimento às investigações e cumprir as ordens judiciais.
“Assim como outros citados no inquérito, Deolane Bezerra e Gusttavo Lima são, por ora, apenas suspeitos. Qualquer acusação ou denúncia formal só será feita após a conclusão da investigação e a apresentação de uma denúncia pelo Ministério Público”, destacou o órgão em nota.
A Operação Integration, que já resultou na prisão de mais de 10 pessoas, continua mobilizando as autoridades, que agora trabalham para concluir as novas etapas da investigação.
É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino