Apresentador da Globo relata racismo ao ser confundido com entregador

Pedro Lins, que apresenta a primeira edição do telejornal NE, exibida pela filiada da emissora em Pernambuco, contou em suas redes sociais que foi vítima de racismo no Shopping Recife, localizado na capital do Estado.

Ele revelou que foi comprar um presente e, ao entrar em uma loja, foi confundido com um entregador por uma vendedora.

“Fui entrar em uma loja do Shopping Recife. Aí, a vendedora olhou pra mim e falou assim: ‘ah, você é entregador do Rappi [aplicativo de entrega]?’. Aí, eu falei ‘não, eu vim aqui comprar, mas se o pagamento for bom quem, sabe eu não faço esse extra?!’”, disse, ironizando a situação constrangedora.

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Mesmo assim, Pedro não revelou o local em que foi constrangido e ainda levantou questões sobre racismo estrutural, ainda muito presente na sociedade brasileira.

Em outro trecho, o apresentador contou que comunicou ao shopping e que espera que os vendedores passem por treinamentos para que isso não volte a acontecer.

PAULO VIEIRA FOI ALVO DE RACISMO RECENTEMENTE

Depois de uma participação no “Melhores do Ano”, da Globo, que deu o que falar, Paulo Vieira recebeu centenas de comentários racistas. Na noite desta quarta-feira, 28 de dezembro, ele resolveu expor algumas das “críticas” que recebeu.

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Sem se preocupar com ocultar o nome dos autores dos comentários racistas, o humorista adicionou que também recebeu ligações, assim como sua família e a equipe com quem trabalha.

“São centenas de comentários assim, fora as ligações pra mim, pra minha equipe, minha família…”, lamentou o apresentador do “Avisa Lá…”, do “Fantástico”.

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Não só racista, alguns comentários também eram homofóbicos. A exemplo de um homem que o chamou de “Bicha preta”. Na imagem publicada por Paulo, Felipe Senna afirma que ele deveria morrer “igual a Mariele”. Claramente, ele se referia a Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro, assassinada a tiros em 2018.

Outro comentário, dessa vez de um suposto perfil de notícias, também criticava a cor de pele do ator. A conta que diz ser pautada com “ética e sabedoria”, enviou a seguinte mensagem: “VAGABUNDO, FILHO DA …, MACACO”.

Esses são só alguns dos comentários que Paulo precisou ler nos últimos dias. Enfim, as mensagem se referiam basicamente à sexualidade do ator e associaram sua imagem a de macacos. Após exibir as imagens, o humorista afirmou que passa bem e está forte. De acordo com ele, enfrenta os ataques de ódio como uma consequência da profissão de humorista.

“Eu tô bem, tá? Sei que isso é só uma reação ao poder incontestável do humor. Estou forte e cada vez mais certo do meu papel”, finalizou.

APOIO

Diversas celebridades se comoveram com os ataques e responderam a Paulo mostrando sua solidariedade. Suzana Pires incentivou o ator a processar cada um dos autores de ataques racistas, Carla Vilhena também falou sobre o crime de racismo.

“O seu brilho sempre vai incomodar os pobres de espírito. Que a lei dê a eles o que merecem”, escreveu a jornalista.

Maria Rita também passou pelo post para apoiar o companheiro de profissão. De acordo com ela, os artistas vivem um momento de intensa percepção do próprio papel na sociedade.

“Meu amigo tão amado, cada vez mais percebemos nosso papel enquanto artistas e cidadãos se fortalecendo cada vez mais. Você é único, é gigante, é sagaz – tudo o que incomoda demais!!! Que a pequeneza não te envenene! Amo você!”, incentivou.

Fábio Rabin, Manuela D’Ávila, Daniela Mercury e outros artistas e políticos saíram em defesa do humorista.

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