Army Of Dead: Motivos para assistir o novo longa da Netflix

"Army of Dead” se tornou um dos filmes mais comentados da Netflix. O longa, que está em primeiro lugar na lista de mais vistos da plataforma de streaming em todo o mundo e, segundo a empresa, pode se tornar um dos seus filmes mais populares nas primeiras quatro semanas e chegar a 72 milhões de contas. 

Obra do idealizador do Universo DC nos cinemas, que culminou no criticado Liga da Justiça (2017), “Army of Dead” marca o retorno de Zack Snyder ao universo zumbi com uma nova história original desde a Madrugada dos Mortos (2004), um dos grandes sucessos da sua carreira. 

Estrelado por Dave Bautista (Guardiões da Galáxia) e apresentando o melhor tigre-zumbi da cultura pop, o longa é feito para aqueles que curtem uma trama de ação recheada de mortos-vivos. Com reviravoltas , dramas e até personagens clichês, o filme consegue ser muito divertido e vem dando o que falar entre os espectadores. 

Porém, antes de continuar, é importante avisar: no estilo Zack Snyder, “Army of Dead” não é um filme de zumbi como a ação com ares realistas, como Guerra Mundial Z, ou falso documentário [REC] ou como o dramão indie Maggie. Há câmera lenta, ação, diversão, referências, respeito às raízes e marca estilística. É um filme de Zack Snyder. E essa expectativa não é frustrada. Se você gosta do estilo dele, vai aproveitar o longa.

Pensando nisso, OFuxico separou alguns motivos para assistir ao novo filme da Netflix.

Confira!

Ambientado em um mundo pós-apocalíptico, Army of the Dead acompanha a história de Scott Ward (Dave Bautista), um desabrigado e ex-herói de guerra que agora vende hambúrgueres nos arredores de Las Vegas. Tudo muda na vida de Scott quando Bly Tanaka (Hiroyuki Sanada), um magnata dos cassinos, oferece uma proposta tentadora: invadir Vegas, que está cheia de zumbis, para roubar 200 milhões de dólares de um cofre antes que a cidade seja bombardeada em 32 horas pelo governo. Motivado pela esperança de que a recompensa possa ajudar na reconciliação com sua filha, Kate (Ella Purnell), ele assume o desafio e monta uma equipe de especialistas para o grande roubo.

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 Violência X  Humor 

Se você tem estômago fraco, é melhor nem assistir. Mas, para quem gosta de filmes sangrentos – às vezes com tanto exagero que chega a ser engraçado – sem sombra de dúvidas, Army of the Dead irá te satisfazer. 

Mais que Madrugada dos Mortos, primeiro filme de Zack Snyder, o longa mostra cabeças sendo esmagadas, ossos sendo fraturados e diversas mutilações chocantes.  Snyder aproveita o ambiente hostil de um vírus que transforma as pessoas em zumbis para apresentar divertidas sequências de ação e mortes, algumas tão absurdas que, nesses casos, causam humor –o que, em um filme que inclui até animais zumbis, não é um ponto negativo.

O Alfa-zumbi e a força dos mortos-vivos

Em “Army of Dead”, Snyder quis ir além do que já é visto constantemente nos filmes deste gênero. O diretor se propôs a ultrapassar alguns limites e apresentou a ideia do Alfa-zumbi.

Líder da “comunidade” dos mortos-vivos, o Alfa é o nível superior dos zumbis. Ele demonstra consciência e memória, com noção dos seus iguais e do local que defende. 

Além de inteligência, o Alfa tem uma força sobre-humana, sendo praticamente impossível vencê-lo no corpo a corpo. Isso eleva o nível de dificuldades enfrentadas pelo grupo, acostumado a enfrentar as criaturas comuns. O embate entre o líder e os aliados de Scott Ward reservam as melhores cenas do filme. 

Este talvez seja o maior ponto positivo – e também forte ponto negativo – do filme. Os zumbis não só se apresentam como máquinas mortais implacáveis, similares às de “Guerra Mundial Z”, e chamam atenção pela rápida transformação, mas também possuem uma mente coletiva, obedecendo aos alfas.

Além disso, os zumbis em “Army Of Dead” realmente são letais. Em algumas cenas, eles já chegam virando o pescoço dos personagens. Em outras, eles parecem dançar tango sem nem ao menos tentar arranhar ninguém. 

Animais zumbis 

Se os Alfa-Zumbis já eram muito, Zack Snyder foi ainda mais além. No filme, os zumbis perdem muito da abordagem científica mais comum, o que abre espaço para “piração”. Depois do bebê zumbi em “Madrugada dos Mortos” (2004), o diretor agora mostra nada menos que animais zumbis!

Assim como os humanos, os animais também podem ser contaminados pelo vírus, o que resultou na criação do tigre-zumbi, que apesar de não ser inédito nos filmes do gênero, tem uma concepção diferente, já que faz realmente parte da história: é dele inclusive, que uma das mortes mais divertidas de Army of the Dead via sair. 

Como se o tigre não fosse o bastante, o zumbi Alfa ainda possui um cavalo-zumbi, que o carrega pela devastada Las Vegas sem precisar correr ou saltar pelos carros abandonados.

Para justificar a ausência de outros animais comuns, Snyder confessou ter deixado pássaros de fora para manter a trama do longa menos absurda. Segundo ele, caso as aves fossem contaminadas pelos vírus, o apocalipse seria geral e não haveria como manter Las Vegas como o ponto central.

Trilha sonora

A trilha sonora trilha sonora que apresentam músicas que brincam com as situações, faixas que se encaixam perfeitamente e ótimos covers. Como o filme se passa em Las Vegas, é claro, grande parte do catálogo de canções de Elvis Presley era comum. Embora Elvis tenha nascido em Tupelo, Mississippi, ele fez seu nome em Las Vegas e é creditado à cidade onde fez sua carreira.

Por trás da trilha sonora original do filme, está Tom Holkenborg, que também atende pelo nome de DJ Junkie XL. O compositor holandês é conhecido por pontuar em filmes, muitos de Snyder, incluindo Batman vs Superman, Homem de Aço, Alita: Battle Angel, Terminator: Dark Fate, e Sonic O ouriço. A conexão interessante aqui é que um de seus maiores sucessos antes de trabalhar no filme foi o remix de 2002 de A Little Less Conversation de Elvis Presley.

Elenco talentoso

O grupo de mercenários em Army of the Dead ultrapassa todas as expectativas: liderado por Dave Bautista — que esbanja carisma no filme — a equipe conta com as mais diferentes personalidades, que se complementam ao longo da história. Além dele, Ella Purnell, Omari Hardwick, Ana de la Reguera, Theo Rossi, Matthias Schweighöfer, Nora Arnezeder, Hiroyuki Sanada e Garret Dillahunt também integram o elenco do filme. As mulheres do time são extremamente habilidosas, ganhando algumas das sequências de combate mais impressionantes da produção.