Assassino de John Lennon pediu desculpas a Yoko Ono

Por - 04/10/20 às 06:00

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Em dezembro completa-se 40 anos do assassinato de John Lennon, e no mês passado o assassino do cantor, Mark David Chapman, novamente tentou mais uma audiência de liberdade condicional.

Hoje aos 65 anos, o homem que matou a lenda dos Beatles teve seu pedido negado pela 11ª vez.

Em uma transcrição da audiência que foi recentemente divulgada, Chapman reconheceu uma vez mais seu erro e arrependimento pela morte do cantor:

"Eu sabia que estava errado e fiz isso pela glória. Uma palavra, apenas glória. É isso. Foi que ele era famoso, extremamente famoso, por isso estava no topo da lista. Eu mereço a pena de morte. Acho que isso diz tudo. Sinto muito pela dor que causei a ela (Yoko)."

O criminoso de 65 anos – que atirou em Lennon fora de seu apartamento em Manhattan – disse que encontrou fé na prisão.

Ele acrescentou: "Se eu for libertado, gostaria de continuar falando às pessoas sobre o Senhor", comentou sobre ter se reencontrado com a religião.

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Depois de ter sua liberdade condicional negada, Chapman agora deve passar pelo menos mais dois anos atrás das grades pelo assassinato, tendo perdido sua última tentativa de liberdade.

Ele foi originalmente condenado a uma pena de 20 anos de prisão à prisão perpétua.

Uma curiosidade sobre o caso é que ele continua casado com sua esposa, uma japonesa-americana chamada Gloria Hiroko Chapman, desde 1979, e ela assegura que vai esperar o marido sair da prisão, seja o tempo que for.

Em 2018 em uma entrevista a mulher de 69 anos contou que a primeira tentativa de Mark de matar o cantor fora dois meses antes do assassinato, mas ela conseguiu convencê-lo a esquecer o assunto.

"Ele chegou em casa assustado dizendo que para ficar famoso tinha planejado matar John Lennon, mas disse que seu amor por mim o tinha salvado", relembra Hiroko.

Mas dois meses depois Mark foi para Nova York, e ela não esperava que ele viajasse para cometer o crime, pois ele justificou que precisava ficar um tempo sozinho para ser um marido melhor. Ela conta que estava preparando o jantar, enquanto assistia Little House on the Prairie na TV quando umas letras começaram a aparecer na parte inferior do vídeo falando sobre o assassinato de John Lennon. Hiroko sabia que se tratava do marido.

"Minha vida mudou drasticamente essa noite", recorda.

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Morte

John Lennon morreu dia 8 de dezembro de 1980. A viúva do cantor dos Beatles, Yoko Ono, celebrou o 39º aniversário de sua morte ano passado, confessando que continua se sentindo vazia por dentro, pela falta que ele faz.

Lennon foi baleado fora do apartamento do casal no Dakota Building em Nova York, e Ono disse que ela ainda luta com a morte prematura de seu amado esposo.

Pelo Twitter, a artista japonesa afirmou: "Depois de 39 anos, Sean, Julian e eu ainda sentimos a falta dele. A morte de um ente querido é uma experiência vazia", escreveu, recebendo o apoio dos fãs.

A também ativista social, aproveitou seu post para pedir aos políticos americanos mudarem as leis de armas nos Estados Unidos, e acrescentou: "Todos os dias, 100 americanos são assassinados a tiros com armas de fogo. Estamos convertendo esse lindo país em uma zona de guerra. Juntos traremos a América de volta, a terra verde da paz".

Yoko Ono também compartilhou uma estatística que diz que mais de 1,4 milhão de pessoas foram assassinadas por armas de fogo nos Estados Unidos desde a morte de John Lennon.

O cantor foi membro do famoso quarteto de Liverpool, The Beatles, junto com Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr, até 1969. Ele foi morto a tiros em 8 de dezembro de 1980, quando deixava o prédio onde morava com sua esposa Yoko Ono e o filho Sean, no Central Park West.

John Lennon foi morto quando saía do edifício Dakota pelo fã dos Beatles, Mark David Chapman, com cinco disparos de revólver calibre 38. O criminoso americano cumpre pena de prisão perpétua, na prisão de Attica, no estado de Nova York. Chapman está preso desde então e já teve seu pedido de liberdade condicional negado várias vezes.

Em 2012, quando tentava uma vez mais liberdade condicional, Chapman disse que John Lennon não era seu primeiro alvo, e disse que se o cantor 'fosse menos famoso' do que três ou quatro outras pessoas que estavam em sua lista, 'ele não teria sido baleado'.

Chapman revelou que sua lista tinha seis ou sete alvos potenciais, incluindo Johnny Carson, Elizabeth Taylor e George C. Scott.

O assassino, que tinha esperado o cantor voltar para seu apartamento antes de atirar em sua nuca, contemplou abandonar seu plano de assassinato, quando, no início do dia, ele conheceu o músico britânico, que havia autografado a capa de um álbum dos Beatles para ele.

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