Astrid Fontenelle, aos 63 anos, desabafa sobre envelhecimento e etarismo
Por Flavia Cirino - 31/10/24 às 10:35
Em participação no programa “Conversa com Bial”, exibido no canal GNT, Astrid Fontenelle falou sobre envelhecer sem se render ao etarismo. A apresentadora abordou as mudanças que vieram com a idade, como o Cartão de Idoso, que agora carrega com orgulho, e as reflexões sobre padrões estéticos.
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Aos 63 anos, Astrid destacou um relato sincero sobre como encara o envelhecimento de forma leve e bem-humorada. Entre vários temas, ela afirmou, por exemplo, que se arrepende por não ter usado filtro solar e por ter negligenciado os cuidados com o joelho na juventude.
“Não paro na vaga de idoso toda hora, não. Só quando está perrengue para estacionar, porque é melhor parar longe para andar”, brincou também.
Astrid e a perspectiva sobre envelhecer
A apresentadora destacou que sua relação com o corpo e a aparência foi muito tranquila, o que tornou o processo de envelhecimento natural.
“O meu envelhecimento foi muito orgânico. Nunca mexi no meu corpo e nem na minha cara. Quando fiquei velha, o cabelo branco veio”, afirmou, primeiramente.
Ela também reforçou a importância de, quando possível, planejar financeiramente o futuro, destacando o valor de envelhecer com mais tranquilidade.
“Do alto do meu privilégio, é claro que tenho algum dinheiro. Talvez não para ter o padrão de vida que tenho hoje, mas tudo bem mudar”, refletiu Astrid, em um tom prático sobre as questões financeiras que envolvem a terceira idade.
Reflexões e expectativas
Aos 30 anos, a apresentadora admitiu que tinha uma visão limitada do que era envelhecer, especialmente sobre mulheres acima dos 40. “Hoje uso terninho, acho chique, lindo, maravilhoso. Mas, achava que uma senhora envelheceria quando colocasse terninho. Isso aos 30 ano”, ressaltou ela.
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Em seguida, Astrid destacou: “Aos 40, vi que a parada ficou mais legal, principalmente os relacionamentos amorosos e sexuais, porque com 20, 30 anos, não sabia nada. Só tinha vontade”, afirmou.
Astrid também expôs o preconceito social enfrentado por mulheres, independentemente de suas escolhas pessoais. “Se a mulher transa quando é jovem, está errada; se espera casar virgem, hoje é: ‘Que absurdo’; se casou com um único cara, ‘não namorou outro’; se aos 40 anos resolve pintar e bordar, virou piranha ou velha virou a velha sacana. É o julgamento! O problema todo está no outro e não em mim, para tudo nessa vida”, disse.
‘As pessoas estão muito reclamonas do outro”.
A entrevista de Astrid trouxe uma visão autêntica e inspiradora sobre o envelhecimento e os estereótipos impostos pela sociedade, revelando o lado bem-humorado e crítico da apresentadora ao lidar com as mudanças da vida.
É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino