Beldades opinam sobre adiamento do Carnaval carioca

Por - 26/09/20

Fotomontagem/AgNews/Brazil News

A pandemia segue. Estamos sem vacina e sem previsão de tê-la. E nessa, até o samba sambou! Conforme OFuxico noticiou, a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro resolveu cancelar a maior festa popular do País. Em fevereiro de 2021, não terá Carnaval. 

Ouvimos rainhas de bateria e musas de agremiações cariocas sobre a decisão. E elas são unânimes ao concordarem com a decisão da Liesa: sem vacina, sem folia. As beldades entendem e alertam que a saúde será sempre prioridade para todos! 

Confira!

 

Viviane Araújo, rainha da bateria do Salgueiro

Viviane Araújo conversou com OFuxico sobre o adiamento do Carnaval 2021

“Uma decisão certa. Não se pode fazer Carnaval na situação que o país se encontra, sem uma vacina. Não se tem tempo hábil para fazer carnaval em fevereiro. Não se sabe quando a vacina vai sair, a decisão foi correta. É esperar como o presidente falou, uma previsão de vacina para tentar fazer ainda em 2021. Se não tiver, vacina, vai comprometer o carnaval de 2022 e vai embolar tudo. Foi uma decisão muito correta”.

 

Raíssa Oliveira, rainha de bateria da Beija-Flor

Raíssa Oliveira, rainha de bateria da Beija-Flor, lamentou o adiamento

“A minha maior preocupação é com a saúde e com o bem-estar dos profissionais do carnaval. Muitos acham que carnaval é só oba-oba e isto não é verdade. Temos inúmeros profissionais que garantem o sustento da família através dessa festa. Como vão ficar estas pessoas? Infelizmente, estes profissionais estão sem recursos, passando necessidades. Acho que devemos fazer tudo que pudermos para garantir a saúde, o alimento, a moradia dessas pessoas. Enquanto a vacina não chega, não vejo possibilidade de ter carnaval, com muita tristeza digo isso. Mas o momento pede cautela, união e soluções que garantam a saúde e as necessidades básicas de todos os profissionais do samba. Carnaval é e sempre foi uma potência econômica para o RJ e para Brasil, mas, infelizmente enquanto não tivermos segurança por parte dos órgãos públicos e de controle não tem como ter carnaval. A falta vacina não é o único vilão. Precisamos de protocolos e ações dos órgãos públicos”.

  

Darlin Ferrattry, rainha de bateria do Império Serrano

Darlin Ferrattry é rainha de bateria do Império Serrano

“O próximo carnaval marca a minha estreia à frente dos ritmistas desta escola de samba tão importante e tradicional para o carnaval carioca. Uma grande responsabilidade! Mas precisamos ser responsáveis também neste momento tão delicado que atinge a todos. Não ter carnaval em fevereiro é o único jeito de haver lima festa desse porte com segurança e vacina”

 

Lexa, rainha de bateria da Unidos da Tijuca

Lexa comentou a decisão a respeito do adiamento do Carnaval

“Não tem jeito sem vacina. Fico na torcida por resultados eficazes para realizarmos a festa. Mas se não houver mesmo em 2021, eu estarei ali, juntinho com a Unidos da Tijuca em 2022”

 

Jackeline Pessanha, porta-bandeira da São Clemente

Jackeline Pessanha é porta-bandeira da São Clemente

“Eu acho ótimo o posicionamento da Liesa. Por mais que esteja difícil para os profissionais do carnaval, para as pessoas que trabalham e tiram seu sustento do carnaval, a saúde tem que estar em primeiro lugar. Carnaval é alegria, já perdemos muitos amigos e sem vacina é inviável”.

 

Gracyanne Barbosa, rainha da bateria da União da Ilha do Governador

Gracyanne Barbosa apoiou a decisão

“Acho a decisão coerente pelo cenário de pandemia que temos. Fico bastante preocupada e apreensiva para que saia um auxílio emergencial para todos aqueles que dependem do carnaval para sustentar suas famílias, a festa gera milhares de empregos direta e indiretamente. Sofrem todos, as escolas, os foliões e os trabalhadores. Mas neste momento, com tantas mortes, é a decisão certa a ser tomada”.

 

Mylla Ribeiro, musa da Paraíso do Tuiuti

“É difícil de acreditar que não teremos Carnaval, uma festa tão nossa! Mas o importante são as vidas. Não adianta aglomerar e depois ver gente nossa morrendo na fila dos hospitais. Espero que os profissionais do carnaval sejam assistidos de alguma forma, pois, tem gente que vive disso. Eles precisam da festa para se manter. São profissionais que têm família como todo mundo.”

 

Denise Dias, foi musa e rainha de bateria da Paraíso do Tuiuti e da Inocentes de Belford Roxo

Denise Dias comentou sobre o adiamento do Carnaval carioca

“É a decisão mais responsável que deveriam ter. Mesmo que chegue a vacina em 2021, não temos tempo hábil de vacinar toda a população para ter uma festa segura. Não podemos correr o risco de uma segunda onda dessa pandemia terrível que assolou o mundo. Festa boa é festa consciente! A segurança da população está em primeiro lugar e não podemos mais conviver com tantas mortes. Em breve a festa vai voltar e vamos comemorar por ter conseguido vencer essa luta. O próximo carnaval depois de vencer esse vírus será ainda mais colorido e feliz!” 

 

Ana Paula Evangelista, ex-Rainha do carnaval carioca, musa e rainha de bateria de várias agremiações

Ana Paula Evangelista falou do Carnaval em tempos de pandemia

“Com o quadro de hoje é inviável fazer o Carnaval em fevereiro. Já perdemos muitas pessoas por conta da pandemia e com a realização do Carnaval o vírus se alastraria. Correríamos o risco de termos mais um ano ruim como esse. Temos que lutar para que a pandemia termine logo e não se expanda. Em primeiro lugar está a saúde da população e por isso sem uma vacina em vista, infelizmente não temos como realizar o Carnaval”.

Bianca Monteiro, rainha da bateria da Portela

Bianca Monteiro é rainha da bateria da Portela

“Não podemos colocar a nossa vida e a das pessoas em risco. Enquanto não houver uma vacina e uma certeza do que estamos enfrentando, não pode ter Carnaval. Acho que os órgãos públicos competentes precisam dar maior atenção aos profissionais desta festa. São muitos artistas envolvidos neste grande espetáculo. Já estamos em outubro, precisa os praticamente de um ano para fazer o carnaval. Não dá tempo. Nessa fase o barracão está pulsante. Amo samba, estou no carnaval desde que me entendo por gente, Na Portela temos 70% de idosos, não podemos colocá-los em risco. Assim como as crianças. É um momento de conscientização.”

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