Betty Faria: “Tinha tanta dor que pensei como seria morrer”

Aos 71 anos, 50 deles dedicados à carreira artística, Betty Faria revelou – em entrevista ao jornal Extra – que os últimos anos não foram nada fáceis.

A atriz, que está no ar na novela Avenida Brasil, da Globo, confessa que lidar com a polimialgia – doença que inflama todas as articulações – a fez rever vários conceitos e se entregar a outros.

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"A polimialgia é uma doença terrível. Todas as articulações ficam doloridas, inflamadas. Só conseguia aplacar a dor constante com cortisona. Ela é uma droga poderosa, fiquei viciada nela por quatro anos. Chegou uma hora em que a cortisona em comprimido não fazia mais efeito e descobri uma injeção do medicamento que era um sonho, a vida voltava a sorrir. Imagina se não ia tomar! Enchia a cara de cortisona e fazia dieta para não ficar gorda", contou.

A atriz afirmou ainda, sem medo, que chegou a pensar na morte.

"Apesar de eu ser solar, a dor invalida, você não serve mais para nada. E começa a pensar: 'Aquele brinquinho vou dar a minha filha ou neta? E para a outra neta, vou dar o quê?' Pensei como seria morrer. E isso uma pessoa com a cabeça trabalhada, budista. Mas quando a dor bate, se bobear, você entra em depressão. Consegui me livrar com um pacote: fitoterápico, hidroterapia, cuido da cabeça, mantenho longe gente negativa, porque tudo isso retesa. Estou feliz", disse.

Sem namorado, Betty destacou que não conta o tempo em que está sozinha e preenche a vida com outrras coisas.

"Já tive medo de não ser mais sedutora quando namorei homens mais novos. É uma chatice! A mulher fica preocupada em parecer mais jovem. Sem contar os programas chatos que se faz para agradar: Hoje, não tenho uma relação amorosa e não estou contando há quanto tempo estou sozinha, simplesmente não aconteceu. Preenchi minha vida com tantas coisas que nem sei como vai ser para adaptar o meu dia a dia, caso tenha alguém. Mas homem mais novo, nunca mais!"