Caio Blat se harmoniza entre personagens do passado e do futuro
Por Redação - 15/04/06 às 12:48
Na televisão, Caio Blat interpreta Mário na novela Sinhá Moça. E, desde sexta-feira, dia 14, no teatro, ele está dando vida a Félix, na peça Mordendo os Lábios, assinada e dirigida por Hamilton Vaz Pereira.
No palco do Espaço Sérgio Porto, no Humaitá, zona sul do Rio de Janeiro, Caio faz par romântico com Mel Lisboa (Eleonora). No papel da mãe de Félix está Lena Brito (Bibi), e o pai de Eleonora é vivido por Ernani Moraes (Samuel).
“Pois é, me sinto harmonizado interpretando em Sinhá Moça um jovem do século 19 e, em Mordendo os Lábios, um rapaz que brinca ser do século 22. Na tevê, voltei a fazer um personagem bonitinho, de época, escrito pelo Benedito Ruy Barbosa e filho do Chico Anysio, que faz o Everardo. Na peça, sou um praticante de ginástica olímpica e começo a namorar a Eleonora, que é minha colega de esporte. A mãe do Félix conhece o pai da Eleonora, e engatam um romance. E assim os quatro viram uma família, no estilo comédia romântica, até que a peça fica barra pesada. O Félix descobre que seu pai matou a mãe e as irmãs dele, e se suicidou. No final do espetáculo, deu para perceber o impacto que essa grande barra pesada provoca na platéia”, sintetiza Caio Blat.
Mel Lisboa, de visual novo – com os cabelos curtos – ,diz que Eleonora não é uma personagem polêmica e essa conotação cabe bem à situação na qual ela se envolve, por causa do namorado Félix.
“Ela é uma jovem de 20 e poucos anos, que tem um pai moderno e não sabe muito bem o que fazer diante de situações difíceis. A peça instiga tanto o ator, quanto o espectador. Acho muito bacana fazer no meu trabalho coisas que fogem do meu cotidiano”.
O autor e diretor de Mordendo os Lábios, Hamilton Vaz Pereira, conta quanto tempo teve para ensaiar o espetáculo.
“Foram apenas seis semanas. Precisava de um elenco que tivesse talento e disciplina, e consegui. O resultado está no palco do Sérgio Porto. Quanto a localizar a tragédia retratada na peça no Rio de Janeiro, não tive a intenção de fazer uma crítica à cidade. Sou carioca e gosto de usar o Rio como cenário de todos os meus personagens, que acabam sendo calcados no cotidiano que vivemos, nos encontros que temos, nos telefonemas que recebemos e nas barras pesadas que ficamos sabendo que existem, tanto com os cariocas quanto com outros brasileiros”.
Marcelo Brou, que já trabalhou com Hamilton Vaz Pereira em Uiva e Vocifera, peça que contava no elenco com Deborah Evelyn e Cristina Mullins, por exemplo, e durava quatro horas, saiu feliz do Espaço Sérgio Porto.
“O Hamilton já instiga os atores desde o processo de criação, porque a cada dia ele chega com uma folhinha do texto, que vai recebendo modificações até ficar concluído. E, como espectador dos espetáculos dele, sinto a mesma sensação”, explica, enquanto é chamado por Betty Faria, para irem a um compromisso naquela mesma noite.
Vanessa Gerbelli e o marido, o diretor de tevê Vinícius Coimbra, prestigiaram a estréia.
“Gosto de todo tipo de teatro, e o do Hamilton é realmente muito interessante. O texto é inteligente, bem dirigido e muito bem produzido, apesar de ser suspeita, porque a produção é do meu amigo Sandro Chaim”, observa a atriz que, após o final de Prova de Amor, estreará o espetáculo Eu Nunca Disse Que Prestava, de autoria de Adriana Falcão e dirigida por Rodrigo Pena, que conta com vários personagens.
Cláudia Jimenez arrancava gargalhadas de sua companheira Stella Torreão e de Diogo Vilela, quando pedia para não ser fotografada de perfil.
“Tenho de tomar cuidado com o papo. De frente, o pescoço fica lisinho. Ah! sobre a peça? Adorei o texto e a direção moderna do Hamilton, sem contar que os atores são maravilhosos. É gratificante vir ao teatro assistir a um espetáculo assim. Gostaria muito de ser dirigida pelo Hamilton, adoro o tom de modernidade de tudo o que ele faz”, derrete-se a atriz.
Diogo assinou embaixo das palavras de Cláudia, e aproveitou o merchandising que Vanessa Gerbelli fez do próximo trabalho teatral dela, para também fazer do dele.
”No dia 13 de julho, estréio no Teatro Ginástico o musical Cauby, Cauby, no qual faço o próprio Cauby Peixoto. Assino a direção junto com o Flávio Marinho, que é autor do espetáculo”.
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