Caso Rebelde: além de três mortos, dois ainda estão em estado grave

Por - 05/02/06 às 11:59

Grosby Group

O que era para ser uma manhã de diversão e muita alegria para crianças e adolescentes, fãs de Rebelde, novela exibida pelo SBT, virou uma tragédia. Durante a apresentação do grupo mexicano, que aconteceu na manhã do último sábado, dia 4, no Shopping Fiesta, em Guarapiranga, zona sul de São Paulo, houve um grande tumulto. Resultado: três mortos, 42 pessoas feridas e duas permanecem em estado grave.

O local em que foi realizado o evento, promovido pelo Supermercado Extra – do grupo Pão de Açúcar – e pela gravadora EMI, comportaria 2 mil pessoas mas, segundo informações da Polícia Militar, cerca de 15 mil pessoas passaram pelo local.

Além do forte sol e da grande quantidade de pessoas, a situação se agravou quando Anahí, Dulce Maria, Alfonso Herrera, Christian Chavez, Christopher Uckermann e Mayte Perroni (integrantes do grupo Rebelde) subiram num palco improvisado em cima de um caminhão, localizado atrás do alambrado.

O grupo cantaria apenas duas músicas em playback. Mas os fãs, que estavam atrás do alambrado, queriam chegar mais perto dos ídolos. Aí, então, começou o empurra-empurra, formando uma onda de pessoas, que derrubou o alambrado, dando início a uma correria. O fato assustou até mesmo o grupo. Anahí chegou a pedir calma para os fãs, mas os integrantes tiveram que ser retirados rapidamente do local, não encerrando o show, e muito menos a tarde de autógrafos, que nem chegou a ter início.

As três vítimas fatais, que chegaram a ser socorridas no Hospital Regional Sul, tinham 12, 13 e 25 anos e faleceram vítimas de parada cardiorespiratória, depois de terem sido pisoteadas. Elas apresentaravam hematomas no rosto e marcas de sola de sapato na roupa. Outras duas fãs de Rebelde, de nove e 17 anos, ficaram internadas com traumatismo craniano e um quadro clínico estabilizado.

Cerca de 20 pessoas já receberam alta dos cinco hospitais (Hospital Regional Sul, Hospital de Campo Limpo, Santa Casa de Misericórdia de Santo Amaro, Pronto Socorro de Santo Amaro e Hospital do Grajaú), para os quais foram encaminhadas.

Ao final de toda a confusão, restaram  no estacionamento, além dos oito banheiros químicos, plástico, roupas, sapatos, almofadas, cadernos e cartazes que os fãs, no momento de desespero e na tentativa de se salvarem, deixaram para trás.

Segundo os jornais paulistanos, a subprefeitura do bairro Capela do Socorro não autorizou a realização do show no local, apenas a sessão de autográfos. O subprefeito José Augusto da Silva Ramos contou às publicações que todo evento precisa ter licença, o que não aconteceu nesse caso da apresentação.

“Eles precisam estar preparados para o que fizeram”, disse José Augusto.

Ainda segundo os jornais de São Paulo, o Supermercado Extra confirmou não ter licença para o show, mas disse ter autorização para a sessão de autógrafos. A subprefeitura deu prazo de 48 horas para que o mercado apresente a documentação que comprove a autorização.

Na noite do último sábado, dia 4, a gravadora EMI e o Supermercado Extra,  responsáveis pela organização da sessão de autógrafos da banda, enviaram nota à imprensa se manifestando sobre o caso.

“Não houve quaisquer razões externas que pudessem colaborar para o acidente, fato gerado exclusivamente pela aglomeração dos fãs localizados próximo ao palco", diz a nota.

Eles informaram ainda que ambulâncias com UTI móveis, Corpo de Bombeiro e Polícia Militar estavam presentes no local. Afirmaram também que o número de pessoas era compatível com o espaço reservado para a apresentação do grupo.

 

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