Christian Chavez: ‘Acho que na outra vida eu fui brasileiro’

Por - 26/09/17 às 18:40

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Prestes a embarcar para o Brasil, Christian Chávez bateu um papo exclusivo com OFuxico e mostrou-se muito emocionado com a bateria de pocket shows, que fará entre os dias 6 e 8 de outubro. Depois de cinco anos sem cantar em solo brasileiro, o momento não poderia ser mais perfeito para um reencontro.

Brasil

“É muito importante, depois de tanto tempo, voltar. Principalmente, na situação difícil pela qual estou passando. O meu México está destruído. É difícil manter o sorriso. O Brasil será um presente de Deus, porque, pela experiência que eu tenho, o povo brasileiro sempre dá muito amor. Eu estou esperando este momento há um bom tempo. Vou poder cantar com os meus fãs, tanto músicas do passado, quanto do presente. Estou muito emocionado”, confidenciou.

O amor do artista pelo Brasil é tanto, que ele, até, já morou aqui por algum tempo. Foi durante as gravações de Esse Artista Sou Eu, do SBT. No programa, ele mostrou sua versatilidade, interpretando diferentes personalidades do mundo da música, como Michael Jackson e MC Guimé. Nesta época, conseguiu desbravar os costumes do país que tanto ama.

“Eu estive tantas vezes no Brasil, muito tempo com o RBD, mas nunca tive a oportunidade de conhecer a vida do brasileiro. Foi maravilhoso poder conhecer a fundo a cultura brasileira. Encontrei muitas coisas em comum com o México. É como se fosse um brigadeiro mexicano”, divertiu-se e brincou ainda mais: “Eu acho que na outra vida eu fui brasileiro, porque meu coração bate forte por este país”.

Praticamente um brazuca, Pabllo Vittar não sai da playlist de Chris: “Adoro a música dela com a Anitta, Sua Cara. Eu ouço muito. Agora mesmo estava vendo a participação da drag no show da Fergie, no Rock In Rio”.

Carreira na TV

Apesar de soltar a voz nesta vinda ao Brasil, o cantor disse estar dando um “stop” nos projetos musicais e focando mais na carreira de ator. Nesse segmento, o mexicano vai estrelar um longa de comédia e uma série histórica, produzida pela Sony. A Bandida já começou a ser gravada e é o trabalho ao qual o moreno se dedica atualmente.

“Acabei de assinar o projeto de um filme, para produção entre dezembro e janeiro. Mas, também, estou gravando uma super série da Sony, que se chama A Bandida. O mais legal é que é uma história real sobre a primeira narcotraficante do México. A protagonista era vista como uma espécie de Robin Hood; muito amada pelos pobres e odiada pela alta sociedade”, comenta.

Christian vai viver o narrador da trama. Seu personagem é um investigador, que, interrogando a bandida, descobre muito sobre a vida dela, em flashbacks no meio do questionário.

“Quanto mais ele pergunta, mais ela fala. Até que ele começa a ser mais seu parceiro, amigo, cúmplice e depois vai ajudá-la. É um personagem muito interessante. E, no final, quem escreveu a biografia dela foi o meu personagem”, disse.

Ambientada entre os anos 1910 e 1950, a série conta todo o drama da vida de Graciela Olmos, partindo da Revolução Mexicana e passando, inclusive, pela prostituição desta figura importante na História mexicana.

 

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"Cura gay"

Ainda na conversa, o eterno Giovanni Mendez aproveitou para comentar o atual momento da comunidade LGBT no Brasil. Emocionado, o músico relembrou seu processo de aceitação e criticou a liminar do governo que trata a homossexualidade como doença.

“A OMS já tem tempo que falou que a homossexualidade não é doença. A única coisa que essas pessoas vão conseguir é inibir os mais jovens, que, assim como eu, não se aceitavam. Eu lembro de pedir a Deus para me mudar, porque, por ter crescido em uma sociedade extremamente religiosa, eu sabia que o que eu sentia não era o que Ele queria. Mas não é uma coisa natural mudar alguém que já decidiu quem ela é. Pensar que a homossexualidade tem ‘cura’ é, realmente, idiota”, observa.

No clipe e na música Libertad, o cantor fala um pouco dos momentos ifíceis que passou para se aceitar.

RBD

Christian Chavez não deixou de relembrar os tempos de RBD, banda da qual fez parte entre 2004 e 2009 – quando o grupo, saído de uma novela da Televisa, chegou ao fim. Ao lado de Dulce Maria, Anahí, Maitê Perroni, Alfonso Herrera e Christopher Uckermann, conqusitou uma legião de fãs.

A denominada Geração Rebelde, segundo o ator, não para de crescer: "É tão lindo ver que o que você ouviu durante a sua infância ou adolescência fica gravado para sempre em seu coração. As pessoas não pararam de ver Rebelde. Hoje, existem muitas plataformas que possibilitam isso. Então, eu acho que têm algumas pessoas que me acompanham desde àquela época, mas tem muita gente que soma ao que foi, ou é, a Geração Rebelde. Isso é uma coisa que está passando de pais para filhos".

Depois disso, os fãs ficam como?

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