Cinegrafista agredido por Mike Tyson quer se encontrar com Lula

Por - 11/03/06 às 11:38

O cinegrafista Carlos Mello, que foi agredido em novembro de 2005 pelo ex-pugilista Mike Tyson, numa casa noturna em sua passagem por São Paulo, está decidido: quer se encontrar com o Presidente Lula. Em conversa com a reportagem de OFuxico, Carlos explica sua decisão.

OFuxico: Por que você decidiu pedir apoio ao Presidente?

Carlos Mello: Tive essa idéia, logo após a audiência ocorrida no último dia 7. Na ocasião, nem Tyson, nem seus advogados compareceram no Fórum.

OF: Quando esse encontro ocorrerá?
CM: Ainda não sei. Meu advogado está tentando viabilizar isso.

OF: Essa conversa vai ajudá-lo de que maneira, no processo?
CM
: Me ajudará muito, porque o atestado de antecedentes de Mike Tyson tem de chegar via Ministério da Justiça e não pode demorar.

Entenda o caso

A agressão ocorreu por volta das 2h do dia 10 de novembro de 2005, quando Tyson se desentendeu com o cinegrafista numa casa noturna em Moema, na Zona Sul. Quando viu que estavam sendo feitas imagens, Tyson foi para cima do cinegrafista, pegou a câmera, bateu no chão; depois, bateu na cabeça de Carlos Melo e arrancou a fita do equipamento.

De acordo com o cinegrafista, que não fala inglês, Tyson ficou por cinco minutos esbravejando. Minutos depois, chegou a agredi-lo. Ainda segundo Carlos Mello, Tyson teve a chance de atingi-lo mais vezes. Depois da confusão, o pugilista saiu de táxi da casa noturna e o cinegrafista foi registrar a ocorrência em um distrito policial da zona sul.

Tyson foi para uma outra casa noturna, na região da República, no centro de São Paulo. A Polícia Militar foi até o local, e explicou que o ex-pugilista devia ir para a delegacia prestar depoimento.

Segundo os policiais, ele não resistiu e foi então levado para o 3º Distrito, na região central, no carro do proprietário da casa noturna onde aconteceu a confusão.

Como a ocorrência do cinegrafista foi registrada em um distrito policial da zona sul, o ex-pugilista foi levado para lá. Mike Tyson não foi algemado nem entrou no carro da polícia.

Por duas vezes, ele foi abordado por jornalistas, mas não esboçou qualquer reação. Também não quis falar com a imprensa.

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