Claudia Ohana se pronuncia sobre polêmica com cães: ‘Sofri’

Por - 22/07/20 às 12:12

Reprodução / Instagram

Na última semana, Claudia Ohana foi bastante criticada nas redes sociais por ter devolvido à ONG os cachorros que havia adotado. 

Na noite de terça-feira (21), a atriz resolveu se pronunciar e dar sua versão do fato em seu perfil do Instagram. Em publicação, ela afirmou que sofreu muito com a decisão e que sua intenção nunca foi devolvê-los em definitivo ao abrigo. 

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Segundo seu relato, a pandemia de coronavírus dificultou a vivência dos cães em casa, que não podiam sair para passear e não tinham espaço suficiente para brincar. 

Claudia tinha pensado, então, em levá-los ao sítio de um 'amigo de longa data' para resolver a situação, mas a própria ONG não permitiu que ela fizesse isso, porque o espaço não tinha muro de proteção, o que violava o contrato de adoção feito. 

Assim, eles mesmos sugeriram, de acordo com a artista, de temporariamente os cães retornarem ao abrigo até a pandemia passar. Ela concordou, visto que acreditava que lá seriam bem tratados e ficariam mais felizes até poderem retornar para casa. 

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O problema foi que Claudia não entrou mais em contato com a organização, porque afirmou ter ficar muito ocupada após alguns problemas de saúde terem agravado nesse período e também porque uma pessoa próxima acabou indo para a UTI. 

Por causa disso, a ONG acreditou que a atriz não estava mais interessada nos animais e disponibilizou-os para uma nova adoção, o que deixou a artista revoltada e tecendo críticas à instituição. 

Claudia negou que o motivo tenha sido o fato de os animais terem estragado seus móveis, mas sim porque não conseguia dar conta deles sem adestramento e sem poder sair de casa com eles para gastar energia. 

Para finalizar, ela ainda quer os cães de volta e ressalta que o abrigo era só uma solução temporária até a pandemia de coronavírus acabar e tudo voltar ao normal. 

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Leia na íntegra: 

"Em dezembro de 2019, adotei dois filhotes de dois meses. Infelizmente, em março, três meses depois do convívio com o Thor e com o Tigrão, a pandemia causada pelo coronavírus chegou ao Brasil. Foi quando iniciei o isolamento na minha casa. Trancada em casa, sozinha e sem poder sair na rua para passear com eles, me encontrei em uma situação muito difícil. 

Em função da extensão da propagação da pandemia, diante da necessidade deles enquanto filhotes e das minhas limitações de saúde (comecei a ter crises agudas na minha coluna que comprometeram a minha mobilidade), considerei a opção de devolvê-los. Inclusive, cheguei a falar sobre isso com a Toca do Bicho.

Imediatamente após considerar a devolução, mudei de ideia e fui em busca de soluções que, além de garantirem que fossem bem tratados enquanto não estivessem comigo, também permitiriam que eles tivessem espaço para correr e brincar. Em um primeiro momento, pensei em mandá-los (temporariamente) para o sítio de um amigo meu de longa data. Lá, eles teriam mais espaço e poderiam gastar mais energia. 

Dividi esse pensamento com a Toca e eles me alertaram que eu não poderia fazer isso, porque o sítio não tinha muros e que, pelo contrato que assinei com eles, isso era proibido. Foi quando, eles mesmos, depois de perceberem que eu não tivesse outra opção a não ser devolver, sugeriram que os cachorros ficassem (temporariamente) o período da pandemia no abrigo, onde estariam acompanhados da mãe e dos irmãos – opção que aceitei na hora por acreditar que, certamente, lá seriam bem tratados e, inclusive, mais felizes até o momento de retornarem para minha casa. 

Como eu estava em processo de recuperação e com vários problemas, acreditei (e acredito) que eles não poderiam estar em melhor lugar. Acabei não ligando para saber deles por esse motivo e porque acabei me ocupando com o meu estado de saúde. Paralelo a isso, ainda tive que lidar com a internação na UTI de um familiar muito próximo. Não liguei para a ONG Toca do Bicho e errei, sim, por não ligar. 

Não quero, de jeito nenhum, travar uma guerra com a Toca do Bicho, pois o trabalho que eles fazem é muito importante, mas confesso que fiquei surpresa ao descobrir, através das redes sociais, que eles tinham colocado o Thor e o Tigrão para uma nova adoção sem, ao menos, me consultar. Até essa data, vínhamos conversando cotidianamente. Me deram valiosos conselhos, foram muito amigáveis e compreensíveis comigo quando eu dividi com eles as dificuldades que eu vinha enfrentando em meio a essa pandemia, justamente por estar com a coluna em um estado que me impedia de abaixar ou fazer qualquer esforço mais bruto. 

Eu tenho 1,60 de altura e peso 47 quilos. Obviamente, eu passei a encontrar sérias dificuldades de ordem motora para cuidar dos meus doguinhos, que cresceram rapidamente e ainda não tinham passado por nenhum processo de adestramento. Confesso que não vi abandono nisso, apenas achei que era a única coisa possível de se fazer em uma situação como a minha. 

Ao contextualizar os fatos, não acho que agi corretamente, mas não tinha, e até agora não tenho, outra solução. Sinto falta dos meus cachorros e sei que eles também sentem falta de mim, mas, infelizmente, nada se deu como imaginei. Quero reforçar que o motivo da minha separação não foi por conta dos móveis estragados. Bens materiais a gente trabalha e compra de novo, o amor não. 

Peço desculpas, mais uma vez, com a esperança de encontrar uma solução, o mais rápido possível, para receber os meus dogs outra vez. Sei que, talvez, vocês não entendam minha atitude de ter pedido para eles acolherem os meus cachorros durante a pandemia, mas só eu sei o quanto eu me esforcei para dar conta de tudo e o quanto sofri por ter que me afastar deles". 

 

Veja a publicação no Instagram @ohanareal

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