Conheça a história de Filhos da Pátria, da Globo – Cenografia e Produção de Arte

Por - 19/09/17 às 12:47

Divulgação/Globo/Renato Rocha Miranda

Cenografia e produção de arte
 

Para reproduzirem o séc. XIX, assim como a caracterização, as equipes de cenografia e produção de arte buscaram muitas referências em ilustrações de Debret, mas também ousaram.

 

"A gente pesquisou muito sobre o Rio antigo e tivemos muitas inspirações em Debret. Mas também lançamos mão de algumas licenças poéticas para brincar e ousar. Essa liberdade de criação contribui para enriquecer a história", explica a cenógrafa Cris de Lamare.

 

Uma das licenças adotada foi o uso de cor no interior das casas. Na residência dos Bulhosa, por exemplo, a cor predominante é o azul. A produção de arte, assinada por Angela Melman, também traz elementos em tom de azul e meio estonado a fim de trazer vivência ao ambiente. Aliás, a casa acompanha a transição econômica da família. No início, o lar é desleixado e com pouca decoração. Com o passar do tempo, Maria Teresa adquire objetos para enfeitar os ambientes, como castiçais e cortinas com chale, franjas e adamascados. Mas a parte estrutural continua decadente. 

 

"Maria Teresa vai virando uma nova rica e só compra supérfluos. Ela não manda pintar a casa, consertar a infiltração. Ela só pensa nas aparências", explica Cris. 

 

A casa, então, sempre conta com alguma desordem.

 

"As camas estão meio desfeitas, as toalhas de mesa estão amassadas. Sempre vai ter um cantinho de bagunça", explica Angela.

 

A produção de arte também fez uma minuciosa pesquisa sobre os hábitos alimentares no séc. XIX, pois muitas cenas da família Bulhosa acontecem durante as refeições. Os principais pratos que compõem a mesa são: canja, frango, cordeiro e ave de caça.

 

Lugar frequentado pelas mulheres em busca de modista e pelos homens em busca de damas de acompanhamento, o brechó da madame Dechirré traz realidades paralelas em um mesmo endereço. Um elemento que conduz o público a cada um desses universos é a cor.

 

"O térreo, onde as mulheres vão para encomendar roupa, é todo rosa. Ao descer as escadas, o vermelho, o vinho e o terra dominam o espaço. O brechó em si não tem muito glamour, diferentemente do bordel", explica Cris. Nas paredes do lugar, a cenografia traz tecidos e texturas dos veludos, dos bordados e dos adamascados, como uma parede de patchwork 3D.

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