Danilo Sacramento já deu aulas antes de ser professor em Malhação

Por - 16/02/13 às 13:03

Luiza Dantas / Carta Z Notícias

Danilo Sacramento é eclético. No ar como o Cezar, de Malhação, ele já foi atleta, comentarista esportivo, apresentador, fez teatro, cinema e diversas participações em novelas e séries. Depois de se tornar conhecido do grande público como o repórter Beto Jr. de Fina Estampa", da Globo, o ator agora interpreta um professor de Biologia.

"O Cezar é um professor garotão, mais amigo dos alunos, não é um professor quadrado", diz.

O personagem tem também um lado paquerador, mas sabe separar as coisas.

"Mesmo com as alunas dando em cima, como aconteceu com a Fatinha, ele impõe limites. Ele nunca sairia com uma aluna. Mas já com as mães das alunas…", explica, em meio a risos, referindo-se à personagem de Juliana Paiva.

Apaixonado pela natureza e bem-humorado, Danilo empresta muito de si para o personagem. Até mesmo ministrar aulas na ficção foi natural.

"Eu já dei aula de futebol, de karatê. Busquei informação sobre Biologia, mas o resto foi fácil", conta.

Mas, para se preparar para o papel, o ator precisou aprender a surfar. Logo em sua primeira cena, Cezar aparecia praticando o esporte.

"Não tive muito tempo para aprender, precisei fazer aula de surfe dois dias antes de gravar", recorda.

Danilo começou a trabalhar na tevê como apresentador do Fazendo Escola, da TV Cultura, em 2001. Ele decidiu estudar interpretação por acreditar que o ajudaria no trabalho.

"Meu foco não era atuar", garante.

Mas como já dirigia programas, logo se interessou pela direção de atores. Foi quando entrou em contato, de fato, com a dramaturgia.

"O'bichinho da atuação' me picou e eu não quis mais parar. Hoje, não me vejo trabalhando com outra coisa", afirma. 

Perfil:

Nome: Danilo Barnak Sacramento.

Nascimento: 19 de maio, de 1977, em São Paulo.

O primeiro trabalho na tevê: Fui apresentador do Fazendo Escola, da TV Cultura, de 2001 a 2003.

Atuação inesquecível: Como o Pérsio na peça Homens, baseada na obra de Caio Fernando de Abreu.

Atuação memorável: Sean Penn em Sobre Meninos e Lobos, quando ele descobre que a filha foi estuprada.

Momento marcante: Quando eu fiz o Beto Jr, de Fina Estampa, em 2011.

O que gosta de assistir: Tudo. Como eu trabalho com tevê, assisto de desenho a filmes. E gosto muito das séries americanas.

O que falta na televisão: Programas que saibam conscientizar as pessoas sem serem chatos.

O que sobra na televisão: Humor barato.

Ator favorito: Não tenho um preferido, mas admiro muito o Johnny Depp pelas construções dos personagens. 

Atriz predileta: Também não tenho uma preferida, mas gosto muito do trabalho da Penélope Cruz.

Com quem gostaria de contracenar: Al Pacino.

Se não fosse ator, o que seria: Um frustrado, um infeliz.

Novela: Roque Santeiro.

Cena inesquecível na tevê: A minissérie 'O Auto da Compadecida', de 1999. 

Melhor abertura de novela: Passione, da Globo, de 2010.

Vilão marcante: Carminha, de Avenida Brasil. Adriana Esteves deu um show.

Personagem mais difícil de compor: Foi o Pérsio de Homens. Esse foi meu personagem mais desafiador. 

Papel que mais teve retorno do pblico: O Beto Jr, de Fina Estampa, porque foi uma novela das nove. Não tem parâmetro, a audiência é muito maior. Mas o Cezar também está tendo muito retorno, até pela internet.

Que novela gostaria que fosse reprisada: Top Model, da Globo, de 1989. Me lembra muito minha adolescência. Mas não sei se assistindo hoje eu acharia a mesma graça. 

Com quem gostaria de fazer par romântico: Fernanda Montenegro, só para poder contracenar com ela.

Filme: Não tenho um favorito, mas acho que todo ator deveria assistir ao Em Busca da Terra do Nunca, de 2004.

Livro de cabeceira: Musashi, de Eiji Yoshikawa, que, aliás, está mesmo na minha cabeceira.

Autor: Shakespeare.

Diretor: Stanley Kubrick.

Vexame: Eu estava apresentando um evento no Salão Quatro Rodas e o texto era cronometrado com um robô que interagia comigo, na frente de duas mil pessoas. Só que o robô, super moderno e tecnológico, travou. Eu não podia deixar ninguém perceber. Então, fiquei improvisando enquanto ele não respondia.

Uma mania: Ficar estalando os dedos, braço, perna, pescoço….

Projetos: Duas peças, para o segundo semestre, ainda em fase de captação. Uma eu vou produzir e dirigir. E a outra é a peça Homens, que queremos voltar e viajar o Brasil com ela.

---


×