Deborah Secco: “Gosto do risco de compor personagens que me dificultem”
Por admin - 27/10/12 às 17:51
Deborah Secco é inquieta. Quando não está fazendo novela, se dedica ao cinema ou ao teatro. Distante da tevê desde junho, a atriz retorna ao ar no próximo dia 30, na segunda temporada de Louco Por Elas, série da Globo.
"Nesse meio tempo, senti muita saudade de todos. O elenco virou mesmo uma família. A Laurinha até me escreveu no Dia das Mães", conta a intérprete da ocupada Giovana, em tom orgulhoso, referindo-se à atriz-mirim Laura Barreto, que interpreta a esperta Theodora, filha da sua personagem.
No texto de João Falcão, Giovana permanecerá muito presente na vida do ex, Leonardo, interpretado por Eduardo Moscovis, das filhas, Theodora e Bárbara, vivida por Luisa Arraes, e da avó de Leonardo, Violeta, de Glória Menezes. Assim, como na temporada anterior, a jornalista estará cada vez mais envolvida com assuntos profissionais.
"Mas nessa temporada, ela vai tentar voos mais altos. Ela quer ser famosa", conta.
Paralelamente a isso, a vida amorosa de Giovana ganhará um destaque especial. O ator Thiago Martins – que já contracenou com Deborah em Insensato Coração, em 2011 – foi escalado para viver um garotão atlético, de 20 e poucos anos, capaz de fazer a jornalista suspirar de amor, deixando Leonardo inseguro.
"Ele tem uma personalidade que se encaixa muito bem à família que nós formamos na série", atesta a atriz.
Aliás, a interação com os atores do núcleo familiar é um dos pontos fortes para Deborah.
"É muito raro conseguir reunir um grupo de pessoas tão talentosas. Isso me deixa feliz em fazer e querer que essa série tenha 20, 30 temporadas", exagera.
Para ela, o texto de João Falcão merece todos os louros da fama. Fã assumida do autor, Deborah se policia para manter o texto dele tal como recebe.
"Tenho cuidado até para não trocar o estou pelo 'tô'. A forma como ele escreve é precisa", analisa.
Para a atriz, é no texto que está a comédia e o ritmo do programa.
"Os personagens se mantêm iguais, com a mesma estrutura. Renovam as histórias, mas a personalidade de cada um deles se refere ao que era na primeira temporada", completa.
Além disso, o retorno do público também tem uma influência muito importante. Na primeira série de episódios, nem Deborah e nem os demais integrantes do ncleo familiar sabiam se os telespectadores compraria" a ideia da produção.
"Hoje, sabemos que a família é muito bem aceita. A relação entre os personagens Léo e Giovana, que não existia, aconteceu. Quarta-feira, que era o dia seguinte ao programa, eu andava nas ruas e as pessoas falavam: 'por que você não ficou com ele?'", lembra-se, entre risos.
Com 32 anos, sendo 22 na tevê, Deborah acredita que fazer comédia é muito mais difícil do que fazer drama.
"Saí da Natalie, que era cômica, para a Giovana, que é cômica. São humores e personagens diferentes", compara, referindo-se à inconsequente personagem de Insensato Coração.
Sempre que termina um trabalho dramático, Deborah tenta emendar em algo cômico e vice-versa.
Mas a atriz admite que não existe uma grande rigidez em entre o perfil de um projeto e outro.
"Às vezes não acontece", confessa, entre risos.
Para ela, mais importante do que saber se é comédia ou drama, é o grau de complexidade que envolve o trabalho. A atriz garante que fazer uma personagem cujo perfil já domina e sabe que vai acertar e ser elogiada é um caminho que não lhe interessa.
"Gosto do risco de compor personagens que me dificultem, que eu tenha de enlouquecer, investigar, pesquisar, perguntar. Isso é o que me motiva profissionalmente", frisa.
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