Demi Lovato fala sobre a vida com transtorno bipolar

Demi Lovato sabe muito bem o que é se sentir no fundo do poço. Agora, que já faz quase cinco anos desde que ela se internou em uma reabilitação e foi diagnosticada com transtorno bipolar, a vida não poderia estar melhor.

A cantora e defensora das pessoas com problemas de saúde mental anunciou sua campanha conjunta com cinco organizações de saúde mental, chamada Be Vocal: Speak Up for Mental Health, nesta quinta-feira (28), e abriu o jogo sobre viver seus sonhos, apesar de seu diagnóstico.

"Eu estou vivendo bem com a minha doença mental. Estou realmente vivendo como uma pessoa muito feliz faria. Não poderia estar mais feliz hoje. A vida é muito, muito boa. Eu tenho um filhote de cachorro e sou capaz de não apenas cuidar de mim, mas dele também. Eu estou vivendo meu sonho. A vida é bastante surpreendente", disse Demi Lovato à People.

A artista também credita o fato de ter se recuperado ao apoio que ela recebeu de seu namorado, Wilmer Valderrama.

"Ele tem sido muito útil quando o assunto são as pessoas que me apoiam. Os amigos que estão mais próximos de mim são compreensivos e estão dispostos a me chamar a atenção quando observam comportamentos pouco saudáveis. E ele (Wilmer) é uma daquelas pessoas que está ao meu lado desde o primeiro dia me oferecendo ajuda e dizendo: 'Escute, eu não vou ser uma pessoa que vai aceitar tudo’. Alguém que apenas diz 'sim' para você, faz isso pois tem medo do que vai acontecer com ela, porque ela não quer sair do seu círculo de amizade".

E, por fim, rasgou elogios ao seu amado. "Ele é como: 'Eu sempre serei honesto com você e eu sempre quero o melhor para você', e isso é o que ele faz e sou muito grata por tê-lo em minha vida".

Desde que ficou sabendo de seu diagnóstico durante os anos de tratamento, Lovato tem feito o seu melhor para aumentar a consciência sobre questões de saúde mental por falar publicamente sobre suas próprias lutas e iniciar um programa de tratamento nas escolas em homenagem a seu pai, Patrick, que também sofria de doenças mentais e morreu em 2013.

"Meu pai tinha esquizofrenia e transtorno bipolar, bem como, e eu o vi viver muito infeliz por causa da falta de acesso ao tratamento. Por isso é muito pessoal para mim. Eu só acho que as doenças mentais são algo que as pessoas precisam aprender mais sobre como trata-las", afirmou.

"O fundador da MHA, Clifford Beers, declarou há mais de 100 anos, que temos de abordar as doenças mentais e lutar contra elas abertamente, e isso é exatamente o que Demi Lovato está fazendo", disse Paul Gionfriddo, presidente e CEO do grupo.

Através do projeto, Lovato está incentivando as pessoas com doença mental para falarem abertamente sobre isso com o seu médico, familiares e amigos.

"É preciso falar disso com as pessoas à sua volta sobre que medidas tomar, escrever uma carta ao Congresso e lhes dizer como isso está afetando você e sua vida e como gostaria de ver o tratamento de saúde mental mais acessível em sua comunidade. Há muitas maneiras diferentes de ajudar. Eu acho que juntos, como um país, temos de acelerar e fazer algo sobre este problema que está se tornando uma epidemia", afirmou.

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