Dolce e Gabbana são condenados a 1 ano e 8 meses de prisão

Os estilistas italianos Domenico Dolce e Stefano Gabbana foram condenados na última quarta-feira (19) pelo tribunal de Milão a uma pena de um ano e oito meses de prisão por fraude fiscal, segundo a imprensa italiana.

A acusação tinha pedido, no final de maio, dois anos e seis meses de prisão no julgamento em primeira instância. Os advogados de defesa já anunciaram que irão recorrer, o que suspende a execução da sentença.

Os estilistas, que têm entre os seus clientes celebridades como Beyoncé e Madonna, sempre negaram as acusações feitas contra eles. O veredito prevê também que os estilistas indenizem o fisco italiano em € 500 mil (R$ 1,4 milhão).

Além de Dolce & Gabbana, outras quatro pessoas foram condenadas a menos de dois anos de prisão com pena suspensa. Entre eles, estão o irmão de Domenico Dolce, Alfonso, e outros líderes da empresa.

O tribunal de Milão manteve uma das duas acusações contra os estilistas: a de “declaração fiscal falsa", abandonando a de "não-comunicação de determinados rendimentos". Em relação à acusação de que teriam sonegado ao fisco em cerca de € 1 bilhão (R$ 2,9 bilhões), o tribunal considerou que esta irregularidade era apenas € 200 milhões.

Em março, num processo civil, a autoridade fiscal de Milão condenou os dois estilistas a pagar uma multa de € 343 milhões (R$ 1 bilhão) pelos mesmos atos de evasão fiscal, mas o processo foi alvo de recurso dos advogados de defesa.

O grupo Dolce & Gabbana foi fundado em 1985, tem mais de 3000 funcionários, 250 pontos de venda em 40 países e registou vendas de cerca de mil milhões de euros no ano fiscal de 2011/2012.