Eduardo Kobra faz mural sobre diversidade cultural e étnica de migrantes e refugiados
Por Redação - 04/09/22 às 21:00
Mais uma arte belíssima foi realizada por Eduardo Kobra. O conhecido muralista brasileiro pintou uma nova e impactante obra no muro em frente à fachada do Museu da Imigração, no bairro da Mooca, na Zona Leste de São Paulo.
Com 736 m² (5,8 m de altura por 127 m de extensão), o mural foi batizado de “Janelas Abertas para o Mundo” e traz as imagens de oito migrantes e refugiados, de diferentes origens, todos personagens reais retratados pelo artista urbano com as cores que caracterizam seu trabalho.
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Ao longo do mural, em janelas pintadas, estão Andres Samuel Peralta Guedez (15) da Venezuela, Mafueni Delfina (9) e Mabanza Victor James Henoe (6) de Angola, Nura Bader (35) da Palestina, Priscília Mbuku Bazonga (12) da Líbia, Vijay Bavaskar (52) e Deepali Bavaskar(49) da Índia e Seema Bashar Hameed Aluqla (8) do Iraque.
O mural conta com o apoio da CPTM e patrocínio, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, da Rede D’Or e o Museu da Imigração – instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo – fica na rua Visconde de Parnaíba, 1.316.
PARCERIA
Para realizar a obra, Kobra contou com a parceria da organização humanitária IKMR (I Know My Rights), que indicou as pessoas retratadas. O artista conversou com cada um dos refugiados para conhecer suas histórias e personalidades. No prédio em que o museu está situado, ficava originalmente uma hospedaria que recebia migrantes, muitos deles refugiados, que muitas vezes ficavam em suas janelas observando o movimento na nova cidade.
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“Simbolicamente, o muro é um impedimento, aquilo que não precisamos no mundo. É o que separa, o que demarca as diferenças e o que impede o ir e vir. Por isso, escolhi mostrar os personagens nas janelas abertas, olhando para fora, para as pessoas que passam, muitas vezes indiferentes”, diz Kobra.
De acordo com o artista, tão nociva quanto o ódio e o preconceito contra o migrante e o refugiado é a indiferença, é passar por seres humanos sem enxergá-los, como se não existissem.
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“Mais do que nunca as cores que utilizo nas obras têm um significado bem especial aqui. As pessoas, com suas origens, culturas e características diversas, tornam o País – e o mundo! – mais bonito. É preciso abrir as janelas, mas também as portas, os olhos e os corações para acolher essas pessoas que abdicaram de suas pátrias e precisaram, por diversas razões, se deslocar. Que sejam felizes e consigam reconstruir suas vidas no solo brasileiro”, conta Kobra.
Até o final de setembro, Kobra fará uma peça exclusiva, com a imagem do mural e todo o recurso da venda realizada em um leilão online, que ainda não tem data definida, será revertido para a IKMR.
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